O Brasil deveria investir nos "novos esportes" e base...
Foto: Luiza Moraes/COB.
Em relação a Tóquio, a novidade "da vez", foi o breaking dance, lançada pras Olimpíadas de Paris. Só que o surf e o skate - cujos estiveram em seu 2° programa olímpico (o 1° foi, justamente, no anterior, em Tóquio), aí não deixam de ser "novos", propuseram 4 medalhas pro Brasil agora: Tatiana e Medina, via surf; Rayssa e na última quarta-feira, Augusto Akio, o Japinha, bronze no skate. No Japão, o próprio skate já tinha faturado 2 pódios (um deles, com a própria Rayssa) e o ouro do Ítalo Ferreira, no surf.
Desde as origens, surf e skate foram vistos, como esportes marginalizados. Feitos, apenas, para "estudantes (em especial, do ensino fundamental e médio) que (querem) matar aula". Fora, o considerado papo (e sério, ainda que camuflado...) de rolar drogas no meio. Então, muitos iniciantes skatistas ou surfistas, seriam (ou foram mesmo) levados a práticas da modalidade, por "amiguinhos da escola (fugitivos, já deu pra perceber, certo?)".
Todavia, são esportes que cresceram. Não somente no Brasil, mas no mundo. E bem. O que aumenta a concorrência. Entretanto, se o brasileiro é dito como "criativo", não deixaria de ser, com a "natureza das ondas propícias" ou "pistas inventadas".
Se o Brasil quiser garimpar mais esportistas habilidosos ou talentosos e sucesso, surge aí um caminho. Além de serem modalidades individuais. O que eleva mais a chance do país subir no quadro de medalhas...
E falando em modalidade individual, as últimas medalhas do Brasil, nesse sentido, foram: Edival Pontes, o Netinho, bronze no taekwondo; Isaquias, prata na canoagem (a sua 5° medalha, em Olimpíadas) e Alisson dos Santos, o Piu, com o bronze no atletismo (a sua 2°, em Jogos Olímpicos).
Quando falo de individualidade, não é nada contra o coletivo. Que, por sinal, nessa 1° categoria mista do judô, levou o bronze e, também, o inédito bronze da ginástica artística. Aliás, cumprimento a Bárbara Domingos, cuja pela 1° vez, pôs o Brasil na final da ginástica rítmica e ficou em 10°. Estendo as mãos a equipe da própria rítmica, cuja quase pegou as 8 seleções finalistas e Victória Borges, que, tristemente, se lesionou. Duro e em plenas Olimpíadas!
Após um decepcionante Tóquio sem medalha, o vôlei de praia voltou a fazer história: ouro pra Ana Patrícia e Duda. É o 2° ouro de uma dupla feminina brasileira nas areias olímpicas. O 1°, foi Atlanta 96, quando a modalidade estrelou no programa olímpico. Jaqueline Silva e Sandra Pires bateram as também brasileiras Mônica Rodrigues e Adriana Samuel, na final.
Na quadra, o feminino obteve o bronze. Antes da final de Tóquio, escrevi que o Zé Roberto "merecia uma estátua"... A renovação está e precisa continuar sendo feita. De alguma maneira e pro bem, inclusive pra técnicos, também...
Como disse o Nalbert, o "Zé Roberto, também, não é eterno"... Será que medalha e de ouro vem em Los Angeles? Com ou sem o Zé? Potencial, o time já demonstrou que tem. Mas, independentemente da presença ou não do trabalho excepcional do Zé (mais de 2 décadas a frente da seleção feminina e recém-completos 70 anos de idade, por sinal) e da capacidade do time, que entrevista "fora da caixa" (e bom sentido) do próprio Zé, hein! Assim, como da Thaísa (que está de saída da seleção e parece que dessa vez, não volta) e da Gabi. Que, também, falou a Globo, após o bronze, frente a Turquia...
E quanto ao futebol feminino, que se recuperou durante a competição e ficou com a prata, a seleção têm algumas carências. Além de saídas das craques Marta e Tamires, que se despediram da seleção, em Paris. Agora, a questão que fica, é: será que a decepção por (outra vez) perder o ouro pras americanas, decretará o fim ou a sequência e ajustes pro próximo ciclo, e de Arthur Elias? Será que o sonho e alegria da conquista, terá seu ápice cumprido na Copa do Mundo de 27, realizada no Brasil, por sinal? Ou será nas Olimpíadas de Los Angeles, em 28, o título? Tomara que apareçam outras promessas, craques ou expoentes...
Os Estados Unidos acabaram - mais uma vez, em 1°, no quadro de medalhas: 40 ouros e 126 no total. Impressionante! A China, obteve os mesmos 40 ouros. Só que perdeu em pratas e ficou com 91 no total. Que disputa acirrada, diga-se! A vizinha da China, Japão, acabou com a metade de ouros (20) e de totais (45). Em 4°, a Austrália, 18 ouros e 53 somados e a dona da casa, França, 5°, 16 ouros, fechando 64 no geral.
O Brasil, ficou em 20°, tendo 3 ouros e 20 metais. Embora, 1 medalha a menos e algumas posições abaixo de Tóquio (12° e sua melhor colocação na história), não foi tão fraco ou inesperado, como algumas pessoas dizem. Porém, independente disso, já escrevi e enfatizo (resumidamente) que o Brasil deveria investir na base.
Como?
Através de políticas educacionais, de infraestrutura, sociais, inclusivas. E de esportes, passando por potenciais atletas, obviamente, mas desde os dirigentes. Até mesmo na preparação emocional, muitas vezes ainda abnegada. Programas como o do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, cujos ajudaram boa parte dos medalhistas, destas e das últimas Olimpíadas, deveriam ser até melhores implementados (independente do governo). Sem esquecer de mídias e patrocínios (se existem públicos, poderiam ter ainda mais privados). E que os frutos tende a surgir (mais), em médio a longo prazo (considerando ainda a própria pessoa virar atleta. Muitos não viram...). Além dos detalhes - mesmo fugindo do controle, mas que podem fazer a diferença. As vezes, se ganha e perde por tão pouco...
Haja malabares...
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