Será que Fernández dará conta?

Na Terça, Mauricio Macri deu lugar a Alberto Fernández, que tomou posse como presidente da Argentina. Peronista, ele é da mesma chapa que a sua vice, Cristina. Ela e seu marido Néstor (falecido em 2010), da família Kirchner, governaram e afundaram o país por anos.
No entanto, como o republicano Macri também fez um péssimo mandato e não conseguiu a reeleição, a "batata" voltou pra "esquerda". Só que ainda "mais quente". Talvez, seria como se o PT retornasse ao poder aqui no Brasil.
Questões políticas a parte (apesar de consideráveis, inclusive externas, como com o Brasil, por exemplo), Fernández tem a missão de reerguer a nação, tira-la do atoleiro. Especialmente, na área econômica. Aliás, vale a pena exemplificar alguns dados: primeiro, inflação acumulada de 37,7% neste ano de 2019, sendo 25% só em um dia.
A moeda perdeu 33,5% de seu valor. Com isso, 1 dólar está praticamente a incríveis 60 pesos. Isso pra não falar das dívidas externas, como a do FMI, por exemplo. Inclusive, logo após a derrota nas urnas, Macri passou a proibir as casas de câmbio do país a venderem mais de 10 mil dólares por pessoa/mês. Tudo isso para tentar evitar ainda mais a disparada do peso e conter a economia.
A Casa Rosada ainda tem de encarar as empresas que estão tendo de solicitar permissão ao Banco Central para vender pesos, adquirir moedas estrangeiras e fazer transferências bancárias remetentes ao exterior. Segundo especialistas, as taxas de juros estão nos elevados 70%. Já o desemprego, 10,6%. Entretanto, praticamente metade da população vive numa forte pobreza.
Então, será que Fernández e seu governo darão conta de mudar e melhorar esse quadro??? Se não, o colapso do início dos anos 2000 e a grande crise de 2001, quando os hermanos tiveram nada menos do que 3 presidentes em 1 ano (Fernando de la Rúa, Adolfo Rodríguez Sáa e Eduardo Duhalde) está logo ali...