Vexame, diferenças e abismo...


Desde 1960, existe o Mundial de Clubes. Na época, o vencedor da Libertadores enfrentava o da hoje chamada Uefa Champions League, em 2 partidas. Uma na casa de cada time. Em 80, já com o patrocínio da Toyota, o Japão passou a sediar a decisão. Com isso, sob a tutela da Fifa, essas decisões passaram a ser em jogo único. 
Até que em 2000, a Fifa resolveu organizar o seu próprio Mundial de Clubes, no modelo atual. Foi no Brasil. Na ocasião, o Corinthians diante do Vasco foi campeão nos penâltis, em pleno Maracanã. Aliás, com o fracasso do Real Madrid e, sobretudo, do Manchester United, foi a única vez na história em que nenhum time do velho continente esteve na final. 
Todavia, embora com mudança no regulamento, o modelo "pegou". A partir de então, todos os campeões continentais mais os representantes do país-sede da temporada, passaram o jogar o torneio. 
Só que diante do auto poderio técnico e político, os europeus e os sul-americanos ficaram com o direito de entrarem apenas na semifinal. 
Desde 2005... 
Ou seja, tudo para confirmar a dominação europeia e sul-americana. 
Os ganhadores da Liga dos Campeões da Europa, têm feito a sua parte. Agora, os da Libertadores... Nem sempre. Ou, quando conseguem, passam um aperto danado... 
No próprio ano de 2005, o São Paulo foi campeão, mas no 1° duelo sofreu pra vencer os sauditas do Al-Ittihad, por 3×2. Aliás, o tricolor paulista é o brasileiro com mais canecos na competição: 3. 
Na temporada seguinte, o Inter fez história contra o Barça, então de Ronaldinho Gaúcho & cia. No entanto, só passou no sufoco pelos egípcios do Al Ahly, que viria a encontrar o Corinthians, em 2012 e que hoje pega o poderoso Bayern de Munique. 
Aliás, o Corinthians, de 2012, foi o último time brasileiro a levantar o Mundial. Mas, o próprio Inter, em 2010 e o Atlético Mineiro, em 2013, conseguiriam o façanha de nem irem a finalíssima. 
Aliás, se o Bayern confirmar o favoritismo, ir pra final e for campeão, será a sua 2° vez em que jogará a decisão e levará o troféu, sem duelar com o vencedor Sul-americano. 
Porém, isso não é problema deles! 
Olhando por essa ótica e pela maratona de jogos, até atenua o vexame de ontem do Palmeiras. O problema é que o time de Abel Ferreira mostrou vários problemas de outros brasucas e sul-americanos. Especialmente, na partida de estreia.
Foi uma mistura de nervosisse, com ansiedade elevada, espaçamento entre oa setores e vários erros de passes e de lançamentos longos. Luiz Adriano, atuou muito longe da área. Veiga, teve somente lampejos. O único jogador ofensivo que rendeu, em Doha, no Catar, foi Rony. 
Entretanto, a tensão e distração foram tão latentes, que o time entrou 7 vezes em impedimento contra nenhuma do Tigres. 
Neste cenário, os armadores Rafael Carioca e Pizarro puderam munir os seus atacantes Gignac (autor do gol, de penâlti) e González, à vontade. Inclusive, se não fossem as ótimas intervenções de Weverton, o placar poderia ter sido mais elástico. A equipe de Tuca Ferretti é a 1° do México que se classifica para a final do Mundial.
Aliás, os mexicanos - embora, do Pachuca, também já haviam complicado para os brasileiros. Em 2017, o Grêmio, de Renato Gaúcho, só avançou no tempo extra, com gol de Everton "cebolinha". 
Aliás, outra curiosidade, é que o Real Madrid, campeão daquela edição, é o clube com mais títulos Mundiais: 7. Assim, a Espanha, ao lado Brasil, é o país com mais taças deste torneio: 11. 
Pra não dizer que o problema é só dos times brasileiros, o Atlético Nacional, em 2016 (naquele ano, aliás, fez um gesto muito bonito, ao dar a Sul-Americana a Chapecoense) e o River Plate, em 2018, também deram vexame. 
O Al Ain, dos Emirados Árabes, ainda deu um "calorzinho" no Real Madrid, então de Cristiano Ronaldo, em 2018 e os japoneses do Kashima Antlers, levaram até pra prorrogação o mesmo adversário, em 2016. Só que ambos, foram batidos. 
"Calor maior" foi o que fez o Flamengo, em 2016, para cima do Liverpool - melhor do que o Santos, em 2011, triturado pelo Barça, de Messi & cia. Só que também... Foi derrotado. 
Boca, em 2007 e LDU, em 2008, perderam. Em 2009, foi a 1° vez neste atual modelo e regulamento, que o torneio não aconteceu no Japão. No caso, foi no Emirados. O Estudiantes, perdeu apenas para o mais inteiro Barcelona, no tempo extra. Em 2014, o San Lorenzo e em 2015, o River Plate (ano em que a chinesa Alibaba E-Auto substituiu a Toyota e patrocina até hoje), também perderam na final. 
Claro que em um jogo, tudo pode acontecer... 
Contudo, será que o futebol brasileiro e, talvez, o sul-americano, não está defasado pro europeu (especialmente, pra "elite") e até mesmo, em relação a outras praças? 
Tanto no aspecto técnico, quanto no tático e até mesmo, no emocional? 

Campeonato Brasileiro: Inter e Flamengo, polarizaram a disputa pelo título. O tropeço de ontem do Flamengo, ajudou os colorados. No entanto, nada está definido. Até por que, São Paulo, agora sem Diniz e o próprio Palmeiras, têm partidas a menos. Atlético Mineiro, apesar de inconstante e Grêmio*, mesmo com poucas chances, também podem ser campeões. 

O rebaixamento do tradicional Botafogo, com dívidas um pouco menos de R$1 bi, é triste(!), mas mesmo num país continental, será que cabem tantos clubes gigantes, brigando pelo topo e sempre? 

Final da Copa do Brasil: *falando em Grêmio, as finais da Copa do Brasil estão marcadas pros próximos dias 28/02 e 07/03. O lado fisico e, sobretudo, do Palmeiras, podem afetar nas decisões. A disputa do 3° lugar do Munidial e, principalmente, os próximos jogos do Brasileirão, podem ser deteminantes para o verdão. De um lado ou de outro. 


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