Turma da Mônica: por que dá tão certo? E qual a importância de valorizar o talento?


Antes de ontem (sexta-feira), um dos principais cartunistas brasileiros e mundial, Maurício de Sousa, reuniu à imprensa para mostrar o seu mais novo projeto da Turma da Mônica: O filme "Laços". No seu estúdio, em São Paulo, o elenco de Maurício foi apresentado. Com direção de Daniel Rezende (o mesmo de Cidade de Deus e do Bingo - O Rei das Manhãs, pré-selecionado para o Oscar 2018), o 1° longa metragem da Turma da Mônica contará uma história de amizade entre uma criança e seu cachorrinho. Para isso, obviamente, os mais nobres personagens da turma estarão representados. Depois de uma seleção com 2200 crianças, de 9 à 13 anos, Gabriel Moreira (9, Cascão), Kevin Vecchiato (11, Cebolinha), Giulia Barreto (9, Mônica) e Laura Rauseo (9, Magali) foram os 4 honrados para brilhar nas telonas dos cinemas. Roteirizada e desenhada por Lu e Vitor Caffagi, a película será gravada de dezembro à fevereiro e estreará nos cines em julho de 2018. Ninguém tem duvida de que só esse lançamento já é um sucesso e a expectativa para o filme estrear vai ser enorme. Principalmente, entre os jovens. Ok, mas por que uma história produzida décadas atrás ainda dá tão certo hoje e sem cansar o público? Em 1959, Bidu e Franjinha foram os primeiros personagens usados pelo então Repórter Policial, Maurício, na turma inspirada por sua filha, Mônica. A partir daí, várias tirinhas em quadrinhos, livros e revistas com personagens ilustres foram publicados por importantes editoras. E cada vez mais, o já Empresário, de degrau em degrau, foi conquistando sucesso. Para se ter uma ideia, suas criações já renderam 1 bilhão de revistas postadas, em cerca de 50 países. O fato de sempre criar diferentes personagens, ainda que aparentemente seja a mesma história, explica muito de seu sucesso. Bom humor, criatividade, inovação e chance as próprias pessoas representadas, também, contrinuem nesse contexto. Claramente, isso é bom para sua equipe e as pessoas fazem questão de aceitarem a homenagem do autor. Fora, a valorização que isso gera. Isso é arte! Todavia, não é todo mundo quem tem boas oportunidades de mostrar o seu talento e nem de se ser valorizado por isso. Infelizmente! Claro que temos de fazer por onde. Contudo, quantos artistas, músicos, desportistas e tal, pelo qual sabemos que "leva jeito", mas não são descobertos, hein?! Recentemente, a Record fez uma reportagem sobre os "artistas de rua". São rappers, cantores, violinistas, saxofonistas de uma criatividade ímpar. Fiquei impressionado mesmo! A vontade foi a mesma de muitas pessoas, que viram no metrô: Prestigiar! Quem viu a reportagem ou se depara com situações desse tipo, certamente, se puder, quer ajudar. Inclusive com dinheiro. Até o crítico de música que apareceu na matéria, ficou encantado. Muita gente quer fazer acontecer. Sou exemplo e sei disso. Por todos esses aspectos, a história do Maurício e de seus pupilos tem haver com muitos desses casos, que muitas vezes passam despercebidos. Cadê os olheiros? Cadê as pessoas que possam indicar ou chamar a galera talentosa para trabalhar com você? Por que os governos aqui no Brasil não fazem um trabalho sério para garimpar essas "joias"? Um talento valorizado dificilmente não gera um retorno enorme para a sociedade. Maurício, mostrou que mesmo "só" com um produto, dá para fazer maravilhas. Será que outras pessoas talentosas não estariam dispostas a fazer maravilhas também? Acorda, Brasil!

Comentários

  1. Muito bom, o Maurício merece cara ele é muito bom, eu sempre curti o trabalho dele.

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    1. Que bom que você gosta do trabalho dele e do meu também. Muito obrigado! Continue me acompanhando. Precisamos valorizar mais os talentos, como esse do Maurício e também de um público crítico sim. Todavia, participativo e positivo também. Forte abraço.

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    2. Pra quem nunca leu turma da mônica na vida e interessante ver isso escrito e estranho

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