Brasil x Inglaterra: uma análise...


Ontem, a seleção brasileira empatou por 0 a 0 com a inglesa, no amistoso realizado dentro do lendário estádio Wembley. Foi a 1° partida do Brasil na "era Tite" contra uma equipe europeia. Mesmo contra seleção desfalcada, foi um importante teste para o time camarinho. Ainda mais, considerando que estamos a poucos meses da Copa. E diante desse cenário, Tite poderia ter mesclado a equipe. É verdade que os 11 titulares só haviam atuados juntos por 38 minutos e que o time ainda está ganhando conjunto. Todavia, o grupo ainda não está fechado. Daí, a importância de observar mais alguns jogadores e testar outras características, formações de jogo. Contudo, com Adenor não deixa de ser um selecionável forte e competitivo. Já a Inglaterra, mesmo sem atletas importantes, como: Cahill, Walcott, Harry Kane, é uma equipe organizada e que ultimamente tem trabalhado bem nas categorias de base. Vide os recentes títulos mundiais sub 17 e 20. Só que não sei se a principal vai parar de dar vexames, já na Copa da Rússia. Ainda é cedo para afirmar onde essa garotada irá chegar. Até por que, esses jovens precisam ganhar espaço ainda na rica e balada Premier League. Agora, a pelota de ontem foi xôxa. Enquanto o Brasil atuava num 4-1-4-1, mas preso, estático, excessivamente centralizado, com Neymar e Coutinho abusando do individialismo, a Inglaterra se fechava lá atrás. O 3-5-2 de Gareth Southgate se transformava mais num 5-3-2, já que os laterais/alas Walker e Bertrand estavam bem recuados, praticamente na linha de zagueiros e raramente passavam do meio campo. E nada mudou com as entradas de Lingard e Young. No 2° tempo, o Brasil até melhorou um pouquinho, principalmente com a entrada do Willian e o Neymar soltando um pouco mais a bola, e aberto na ponta esquerda. Fica o alerta para o time jogar de forma mais dinâmica e jogadores fundamentais priorizarem mais o coletivo. Alô, Adenor Leonardo Bacchi!

Itália fora da Copa: Brasil e Inglaterra à parte, a noticia, o destaque dessa semana no meio do futebol, foi a não classificação da Itália para o mundial de 2018. A única vez que a azurra não participou de uma Copa foi em 1958, na Suécia, que coincidentemente ou não, foi a algoz (com méritos) italiana, na segunda-feira. Com havia perdido a 1° batalha por 1 a 0, em Estocolmo, a squadra azurra precisava, pelo menos, devolver o placar, para ir à prorrogação, na repescagem europeia. Só que mesmo diante de 80 mil apaixonados torcedores, em Milão, e ainda com uma "mãozinha" da arbitragem, que não assinalou 2 penâltis claros para os suecos, a Itália não conseguiu reverter a desvantagem. Ficou no sofrido e lastimável 0 a 0. É o único campeão do mundo que não estará no próximo mundial. Os motivos são vários: Passam desde a corrupção e decadência do cálcio, até a má administração da FIGC (Federação Italiana de Futebol), que por exemplo escolheu o domável, mas fraco Giampiero Ventura para treinar a seleção, e falta de uma renovação eficaz nas categorias de base.  Tirando a Juventus, que voltou muito bem da 2° divisão, o resto da liga e do futebol italiano está jogado às traças. Inter e Milan tiveram de vender ações na bolsa, para tentar voltar a montar bons times, e revelar bons jogadores. O Napoli tenta se reerguer e a Roma faz uma boa e até surpreendente Champions League, mas isso é muito pouco. É verdade que a corrupção sempre existiu e a Itália até ganhou Copas do Mundo, em meio a todos esses escândalos. Vide 82 e 2006. Só que agora, em decadência, não cobseguiu nem se classificar. Pode se considerar uma surpresa negativa, mas está colhendo o que plantou. Infelizmente para o futebol. Enquanto não houver um trabalho de base forte e em pró do futebol italiano, como um todo (não apenas na seleção), a tendência de se repetir vexames idênticos ao de segunda-feira, só aumentam. Aliás, se Brasil e Argentina se não tomarem cuidado podem ir pelo mesmo caminho.  Observação: Para piorar as coisas, na partida de segunda, no hino sueco, alguns torcedores italianos vaiaram. Sei que vaia, xingamento é normal e pode ser até bem aceito em lugares como um estádio de futebol. Contudo, até nessas situações, precisam haver limites. É preciso conscientização. Idiotas, tem em todos os lugares. Infelizmente! E ainda acham que isso dá resultado favorável ao time, que eles juram amar. Hum... Lamentável! Bonita e digna, foi a atitude do Buffon, que depois da eliminação, aliás, anunciou a sua aposentadoria da azurra: O excepcional Goleiro e capitão, também mostrou grandeza como ser humano e aplaudiu o hino dos escandinavos. Parábens, Gianluigi Buffon! Só que infelizmente, por tudo que aconteceu, sua seleção mereceu a desclassificação...

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