Cristiane Brasil na pasta do trabalho: moral ou imoral?


Desde semana passada, quando o presidente, Michel Temer, decidiu que a deputada, Cristiane Brasil (PTB-RJ), seria a nova ministra do trabalho, o Brasil inteiro tem acompanhado a saga do governo para a parlamentar tomar posse. Inficada ao presidente,Temer, pelo seu pai, que é o ex-deputado federal e atual presidente (e fundador também) do PTB, Roberto Jefferson, Cristiane se vê em meio a processos na justiça que o impedem de assumir o posto. Agora, o curioso é que ela já foi condenada e responde processos na justiça, advinha de que? Justamente do trabalho. Isso mesmo! Uma Deputada indicada a pasta do trabalho tendo ações trabalhistas contra si. A Deputada foi indiciada a 4 processos trabalhistas, sendo 2 por não ter assinado a carteira de trabalho de seus então motoristas Fernando Fernandes e Leonardo Eugênio. Fernando, que ainda trabalhava as absurdas 15 horas por dia, ganhou uma ação de R$60 mil da petebista. Já com Leonardo, que ficou sem receber horas extras, tinha sido acertado uma indenização de R$14 mil, divididos em 10 parcelas. O problema é que ainda essa grana tem saído por meio da conta da secretária parlamentar, Vera Lúcia Gorgulho. O 3° também envolve uma motorista: Aline Lucia de Pinho alega que quando trabalhava para a Cristiane na Prefeitura do RJ, foi dispensada por estar de licença no INSS, apesar de nunca ter prestado serviços públicos no local. E o 4° é com a empregada doméstica, Sebastiana Benjamin, que processou Cristiane (ela era Vereadora na época) por não ter recolhido as suas contribuições previdenciárias. Porém, nesse caso houve um acordo e a filha do Jefferson quitou os R$500. Todavia, além dos problemas relacionados com a justiça do trabalho, a vida da eleita Ministra também é marcada por outras poêmicas, como: Mentir a idade em aplicativo de relacionamentos, passar o último reveillon na base da FAB, em Fernando de Noronha (PE) e ter o nome citado na "Lava-Jato", por um ex-Superintendente da Odebrecht. Então, sejam acusações verdadeiras, falsas, concretas ou sem provas, será que mesmo com todas essas denúncias, o governo não deveria retirar a nomeação da pasta da Deputada carioca? Ainda que se alegue que essas questões são do "passado" ou "pessoais, exclusivamente dela", não seria mais indicado o Temer retira-la da lista para o cargo? Até mesmo para evitar "dores de cabeça" para o futuro? O governo alega que a Constituição dá o direito exclusivo ao Presidente da República nomear quem ele quiser para ser Ministro. Fora que o PTB sempre votou as pautas congressistas junto do governo. O desgaste está tão nítido e evidente que o Vice-Líder governista na Câmara, o Deputado Beto Mansur, PRB-SP, ontem, em entrevista para a Globo, soltou a seguinte pérola: "Não deixar uma Ministra do Trabalho assumir o trabalho por ações trabalhistas é como proibir um Ministro da Saúde de assumir o Ministério da Saúde por ser fumante ou proibir um Ministro dos Transportes de assumir por ter tido multa de trânsito. Se formos ficar preocupados com essas coisas, aí vamos ficar "louco" no Brasil". Essa questão deverá ser decidida na semana que vem, mas você, leitor, o que acha? Vê ou não algum problema em a Cristiane Brasil tomar posse como Ministra e ainda por cima do Trabalho? Não acha nenhum incômodo nessa parte? Acha mesmo que retirar o cargo dela é como evitar que um Ministro assuma a Saúde por ser fumante ou que um dos Transportes não fique na cadeira por ter tido multa de trânsito? E aí? Crer que só a competência política e técnica (caso a indicada tenha) é o suficiente? Como se vê mais essa questão? Pela moralidade? Depende de como se pensa? Comportamento? Simplesmente, questão de escolha, mais de tomar decisão, não importando mais nada?

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