Lula condenado: o que muda no cenário político?


Ontem, o TRF 4 de Porto Alegre, finalmente, fez justiça (embora ainda precisa ser cumprida): Condenou o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 2° instância da "Lava-jato". O relator do processo João Pedro Gebran Neto, o revisor Leandro Paulsen e o desembargador Victor dos Santos Laus foram unânimes em suas decisões (3 x 0) e também na determinação da pena: Passou de 9 anos e 6 meses (que era da 1° instância) para 12 anos e 1 mês de reclusão, em sua regime fechado. Os motivos foram corrupção e lavagem de dinheiro, referentes a uma propina de R$2,2 milhões da OAS na reforma do triplex no Guaruja, em São Paulo. Ainda cabe recursos no próprio TRF e em outras instâncias superiores. No entanto, juridicamente é muito difícil haver uma reversão de pena, mas e politicamente? O que altera no cenário político, para as eleições desse ano? Primeiro, por que mesmo condenado por Moro na 1° instância, Lula vinha liderando as pesquisas de intenções de voto, contra qualquer adversário. Principalmente, nas simulações de 1° turno. Só que as 8 horas e 15 minutos de julgamento (fora a hora do almoço), de ontem, fizeram o ex-Presidente e o PT saírem mais desmoralizados. Ainda mais que a pena não só foi mantida, mas aumentada, também. Provavelmente, o partido irá mante-lo até se esgotarem todos os recursos disponíveis e possíveis, para sua candidatura. Ele pode até chegar no 2° turno, mas dificilmente se reelegerá. É difícil prever as consequências políticas, de agora em diante. Todavia, o baque já foi até maior do que se pensava no momento. A questão é como a esquerda irá se reorganizar. Se a ex-Presidente, Dilma, dificilmente irá se candidatar novamente, sobram Fernando Haddad e talvez, Jaques Wagner, no Partido dos Trabalhadores. Haddad, por ser de São Paulo e ter sido Ministro da Educação, é um pouco mais conhecido. Entretanto, não tem a mesma sagacidade de Lula, para angariar votos. Aliás, em 2016, que por sinal, já foi a pior eleição municipal na história da sigla (além do impeachment da Dilma), em todo o Brasil, ele não conseguiu a se reeleger na Prefeitura da capital paulista. Perdeu, já no 1° turno, pro Dória. O principal aliado, PC do B, ameaça por a, hoje, Deputada Estadual pelo Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila. Ela é jovem, bonita, reconhecida, mas sem o PT dificilmente irá longe. O PC do B é um partido muito pequeno e dependente do parceiro. Ciro Gomes, PDT, será o grande "divisor de águas", mas é uma incógnita. O seu empolado discurso pode ser tanto pela esquerda quanto pela direita. Ou, até pelo centro que, considerando a não reeleição de Temer, não tem um candidato. O PSD, fundado e dirigido pelo Kassab, pensa no Henrique Meirelles. Recém afiliado a partido político, o Ministro da Fazenda não mostra muito tato em articulações de uma legenda, que no máximo ocupa o posto médio no congresso. Fora, que a economia ainda capenga. O DEM, que poderia se aproximar, pensa no Presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Contudo, quem tem ganho força nesse sentido é o líder da bancada no Senado, Ronaldo Caiado. Mas, como a campanha ainda não se iniciou de forma incisiva, tudo pode mudar. O PSDB deve ir do experiente Alkimin ou do crescente Dória. Só que precisa ficar de olho, por que o Bolsonaro, com seu discurso firme, poderá tomar toda a direita. A questão é conseguir se articular, não só em mídias sociais, mas dentro de alas médias e pequenas do congresso, para aumentar e popularizar sua propaganda no rádio e na tv. Fora, as ruas. O fundador do recém Podemos e Senador do Paraná, Álvaro Dias, também terá mais ou menos esse problema. E Marina Silva, Rede, "corre por fora". Se com Lula, a eleição já estava indefinida, a condenação dele trás mais incertezas ainda e espaço para os chamados pequenos, dentro desse cenário. E mais um "detalhe": Assim como em 2016, que o PT perdeu muito espaço na bancada de Deputados Estaduais e Vereadores, agora pode ocorrer o mesmo ou até pior a nível nacional. A tendência, até natural, é que os pequenos e nanicos ganhem mais terreno. Ou seja, se o PT não vai acabar, mas perde cada vez mais prestígio. E com menos Deputados e Senadores, e sem a Presidência da República, o tempo de exposição no rádio e na tv e o fundo partidário (verba pública que os partidos recebem dos nossos impostos) ficam menores...

Febre amarela: Os recentes casos (até de mortes) em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, além de preocupações, filas e correria enorme para ser vacinado, mostra o caos que a saúde pública se encontra no Brasil. Fora que a doença já tinha sido extingue, mas voltou - e ainda com o mesmo nome, do mesmo jeito. Ô mosquitinho terrível!!! Uma vergonha!!! Vergonha dos governantes, que não cuidam da saúde como deveriam, - inclusive não souberam que metade da população precisava ser vacinada nos últimos anos, conforme disseram especialistas e do próprio povo, desprezando a natureza. Ao desprezar a natureza, invadi-se o habitat de animais e isso faz com que eles se revoltem e procurem acasalamento (lugar para viver). Daí, transmitem doenças. É o que o macaco está fazendo, no caso...

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