A triste situação dos venezuelanos em Roraima!!!


Desde 1819, com a sua independência declarada pelo general Simón Bolívar, a Venezuela mergulha na sua pior crise da história. Sempre liderada por ditadores, teve seu "auge" na época de Hugo Chavéz. Ele guiou a mão de ferro à nação de 1999 a 2013 - sim, por 14 anos, quando faleceu. Como estadista, criou a carta magna, pela qual passou a dar amplos poderes ao presidente da república, com reeleições consecutivas e ILIMITADAS. Daí, os 3 mandatos e meio seguidos, até a sua morte. Só que em seguida, o seu então vice, Nicolás Maduro, assumiu o cargo. O que aparentou um amplo apoio chavismo e mesmo reeleito popularmente em 2015, o governo Nicolás pareceu tudo... Menos Maduro. Anarquista, assim como os demais, conseguiu ser pior que o seu vidente comunista, Chavéz. Ano passado, queria impor uma Constituinte, que ampliava os já plenos poderes do Presidente e de sua Assembléia (ANC). Após vários e sangrentos protestos, com direito a lamentáveis mortes e sanções da ONU, os governistas recuaram. Só que os resultados foram trágicos: Além de perder a vaga no Mercosul e conviver com ameaças diretas de boicote por parte dos EUA, o caos passou a tomar conta de suas ruas, cada vez mais. Caos político, econômico e social. Com a política conturbada e corruptível, a inflação atual atinge, ATENÇAO: 2616%. Isso mesmo, dois mil seiscentos e dezesseis POR CENTO. Essa é a maior hiperinflação do mundo e de sua história, gerando queda de 34% do PIB, apenas em 2017, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Aí, nada menos do que 81,8% dos lares vivem até na extrema pobreza, para aproximadamente 25,7% de desempregados. Diante desse cenário calamitoso e sem esperanças de melhoria urgente, inúmeros cidadãos fogem para várias nações vizinhas. E uma dessas, é justamente o Brasil. Por sua proximidade, o município de Pacaraima, onde fica a Br-174 (fronteira que liga os 2 países), tem sido cada vez mais explorada pelos andinos, que chegam em Boa Vista, capital de Roraima. Muitas vezes, a pé, eles caminham longos 218 km, sob sol ou chuva, calor ou tempestade, atrás de refúgio no Norte brasileiro. O desespero é ainda maior por que vários deles chegam - muitas vezes - só com a roupa no corpo e sem nada para ofertar à família e aos filhos. Cansados pela longa viagem e sem o que comer, vão em direção a não por acaso praça Simón Bolívar ou a algum abrigo boa-vistense. A vergonha que já é grande fica enorme quando uma grande quantidade deles precisam abrir barracas para viver no meio de praças públicas. Situação deplorável!!! Segundo a Prefeitura da capital, "só" 10% dos 300 habitantes da cidade são maracaibos. Isso equivale a uma leva de 40 mil pessoas, sendo 18 mil só nesse início de temporada. O que dá uma média de 500 a 600 pessoas fazendo essa travessia por dia. E mais: Desde 2015, a PF do estado vem registrando um maior número de pedidos de CPF, passaporte e outros documentos tupiniquins. Claro, do pessoal oriundo da Venezuela. Além disso, se formos considerar apenas o recém fechado 2017, essas pendências bateram o recorde de 17130 solicitações. Detalhe: A Polícia Federal teve de aumentar o seu contingente para atender, em média, 450 venezuelanos por dia e o Ministério da Justiça autorizou o envio de soldados da própria PF e da Força Nacional na fiscalização dessa Br-174. Isso é para reforçar o efetivo, que é quase inexistente. O fluxo ddsses imigrantes em Roraima é tão grande que, quando chega alguma ajuda voluntária nos acampamentos e abrigos construídos, um amontoado de gente corre para se servir de comida, remédio - ainda que seja um pedacinho de pão e um copinho de leite para os filhos. Segundo o Ministério do Trabalho (MTE), 3 mil deles já assinaram a carteira de trabalho, ainda em 2017. Porém, a situação ainda é delicadíssima. Tanto que a própria Organização das Nações Unidas (ONU), através da ACNUR (Alto Comissionado das Nações Unidas para Refugiadas) está por trás de todo esse processo de ajuda humanitária. Com todo esse cenário, o Presidente da República, Michel Temer, na 5° feira da semana passada, dia 15, editou um decreto que reconheceu a "vulnerabilidade" dos nossos "irmãos" e prevê: Programa de proteção social; de mulheres, crianças, idosos e portadores de necessidades especiais; saúde; educação; direitos humanos e segurança pública. Além de mobilidade para quem quiser ser transportado e morar em outros estados da Federação. O visto de permanência no Brasil é de 2 anos prorrogáveis por mais 2, mas o governo brasileiro não definiu o tempo de estadia desses imigrantes. Entretanto, será que o Brasil, que já tem tantos percalços, conseguirá dá conta de tantos vizinhos vindos de Caracas? Como que os bolivarianos viverão com os roraimenses e nesse país de continentais? E principalmente, até quando a Venezuela (e a América do Sul também, já que os andinos não são os únicos a estarem desse jeito) perdurá nesse lamaçal danado?

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