A celeuma envolvendo o Hospital da Criança no DF...


Em pleno aniversário de apenas 58 anos, Brasília enfrenta uma das maiores polêmicas de sua história: O fim ou não do Hospital da Criança José Alencar. Concluído em Dezembro de 2008 e só inaugurado em 23 de Novembro de 2011, com o essencial provimento da Abrace (Associação às Famílias de Crianças Portadoras de Câncers e Hemopatias), o hospital, logo, se tornou um exemplo de referência: Não só para o Distrito Federal, mas em relação ao país inteiro. Aliás, para o mundo todo, como reconheceu o diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom. Ao custo de R$15 milhões e repassado ao discípulo Icipe (Instituto de Câncer Infantil e Pediatria Especializada), o centro rapidamente conseguiu se firmar como exemplo de gestão. Famílias vêm do Brasil e até do exterior apenas para serem atendidas e seus filhos tratados no Bloco 1, que fica no SAIN, Asa Norte. Diante de 7 mil metros quadrados, 30 consultórios e 18 leitos, o HCB conta com quase todas as especialidades pediátricas. Entre as 17 que possuí, tem reumatia, nutrologia e alergias crônicas. Casos urgentes são tratados e resolvidos na maior naturalidade e responsabilidades possíveis, com o que há de mais moderno no planeta. Não importa o tempo que for, a fim de que os pacientes se recuperem da melhor maneira. Olha que ainda há o prometido Bloco 2, mais amplo e tendo orçado o dobro do 1° (R$30 milhões), para ser inaugurado ali ao lado, no próximo 6 de Julho. Só que aí entra toda a celeuma: Não por causa do prédio 2, mas sim do 1. No dia 19 de Dezembro de 2017, o Juiz Titular da 7° Vara da Fazenda Pública do DF, Paulo Afonso Cavichioli, condenou o Icipe por irregularidades nos contratos de 2011 e 2014 do HCB. Na ação, também foram condenados o ex-Secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa e o ex-Secretário adjunto da pasta, Elias Miziara, pelos mesmos motivos. O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) acusa os envolvidos de improbidade administrativa. Além disso, diz que houve falhas na contratação da organização social e dispensa de licitação. Argumentos rebatidos pelos gestores e GDF (Governo do Distrito Federal), que diz não ter condições de com o instituto. A justiça quer que o GDF assuma o hospital e que fique 3 anos sem dá nenhum incentivo ou benefício fiscal a nenhum dos órgãos envolvidos. O que na prática poderá até em resultar no fechamento da unidade. Na última 4° feira, 500 pessoas, entre funcionários, pacientes e até políticos, como o Governador Rodrigo Rollemberg, deram um abraço simbólico a fim de que o Icipe possa ser mantido na administração do centro. A OAB-DF (Ordem dos Advogados) e o próprio GDF irão entrar na justiça para que a OS não perca a administração do José Alencar. E na próxima 3° feira, a 6° Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) irá analisar e decidir o impasse. Nessa semana, o Presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), José Robalinho Cavalcanti, disse ao CB.Poder na TV Brasília, que por mais excelente a gestão e funcionamento do órgão que seja, o MP não deixaria de apontar erros existentes. E concluiu dizendo que o MP, certamente, está disposto a conversar. Que assim seja! Fiscalização e punição justa para quem tiver cometido falcatrua, tem de ser exercida. Seja quem for! Agora, primeiro, isso precisa ser apurado de forma séria e isenta e a defesa feita aos mínimos detalhes. Isso sem arrastar o processo por anos, em várias instâncias superiores. Só aí sim para se tomar uma decisão definitiva. E mais: Independente dos controladores e suas práticas e decisões, o que não pode, jamais, é a população ser prejudicada. Isso de forma nenhuma. NUNCA! Ah, e enquanto há essa confusão toda, a saúde de outros hospitais do DF e do Brasil continua caótica. A maioria, por sinal...

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