Tão igual e tão diferente...


Um inglês. Um italiano. Um alemão. Um espanhol. Isso mostra que o futebol está muito equilibrado? Sim... E não ao mesmo tempo. Jogadas isoladas ou fatos importantes podem transformar completamente uma partida. Podem desequilibrar ou reequilibrar um jogo e talvez, até mudar o destino de uma equipe numa competição. Faz parte da história do futebol e de nossas vidas, também. Fatores esses que se desenharam no mata-mata de ida das semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Na terça, a Roma, até os 30 min, jogando fora de casa e preenchendo melhor o meio-campo, dominava o Liverpool. Kolarov chegou até a acertar o travessão de Karius, que por pouco não leva um frango histórico, nesse petardo de fora da área. Com a entrada de Wijnaldum no lugar do lesionado Chamberlain, os reds já davam sinais de melhoria. Mas, aos 30 min, foi que o panorama começou a mudar de vez. Com os 3 avantes mais recuados, Firmino lançou Mané, em velocidade. Porém, mesmo livre e de frente para a meta, ele teve a coragem de isolar. Dois minutos depois, fez o mesmo. Aliás, o senegalês marcou o 3° dos mandantes, já no 2° tempo. Contudo, se estivesse mais inspirado e tomado melhores decisões, teria feito mais. No entanto, aos 35 min e 45 min ainda da 1° etapa, após 2 assistências de Roberto Firmino, Salah fez 2 lindos gols (não comemorados por ter sido revelado pela Roma). O egípcio ainda deu outras 2 assistências (uma até em impedimento que a arbitragem erradamente não anulou) para Mané e Firmino aumentarem o placar. O brasileiro ainda fez mais um tento, confirmando assim como um dos destaques. Todavia, quando parecia tudo decidido, eis que a Roma apronta de novo. Aos 29, Naingollan (que acabará de passar a atuar mais centralizado com a entrada de Perroti) meteu uma bola para Dzeko. O grandalhão Centroavante bósnio dominou no peito e na saída do Goleiro, deixou a sua marca. E os italianos ainda descontaram para 5×2, aos 34 min, com Perroti (que deveria ter entrado mais cedo), de penâlti. Olha, com 5×0 parecia mesmo impossível de reverter. Essas duas pelotas na rede botaram os romanos novamente na disputa. Só que é improvável de fazer 3×0 na volta. Mesmo jogando no estádio Olímpico. Os ingleses deverão ir para a finalíssima. Contudo, todavia, entretanto, no futebol pode acontecer. Do outro lado, Heynches escalou o Bayern de Munique com 3 Atacantes e foi prejudicado pela arbitragem, logo no 1° minuto. Carvajal derrubou claramente Lewandovski na área e o holandês Bjurn Kuipers nada marcou. Aos 7, com a lesão de Robben, era para Thiago Alcântara preencher melhor o meio de campo. Porém, o brasileiro que entrou no lugar do holandês, parecia disperso e não foi bem. E aos 26, numa rápida saída de bola, começando com o arqueiro Ulreich e pegou a defesa do Real desarrumada, o Lateral Kimmich tabelou com James Rodriguez e chutou... Navas, achando que seria cruzado se antecipou e falhou bisonhamente. A bola pegou um efeito e passou entre as suas luvas. 1×0, Bayern. Os alemães, então, passaram a ser os donos do jogo. Diante do apoio da torcida, Ribery era a principal arma, pelo lado esquerdo. Ele, Hummels, Müller e Levandowski ainda perderam a chance de ampliar o marcador. Aí, aos 42, entrou um dos inúmeros ditados do futebol: "Quem não faz, leva". E foi o q ocorreu: Sérgio Ramos, levanta um cruzamento, pelo qual Carvajal devolve de cabeça, do outro lado. Cristiano Ronaldo, ameaça fazer uma bicicleta, mas deixa a redonda passar. Quando quica uma vez, Marcelo acerta um chute de 1° no canto esquerdo do substituto do contundido Neuer e faz um bonito gol. 1×1. A essa altura, os bávaros já haviam perdido o seu 2° atleta na partida por contusão. O zagueiro Boateng deu espaço a Süle. O Real, que havia "achado" a igualdade no marcador, só foi mexer no intervalo. Marco Ascêncio entrou na vaga de Isco, que dessa vez foi apagado. Assim, CR7 passou a atuar mais por dentro. Zidane queria povoar ainda mais o meio-campo, que tinha sido dominado nos primeiros 45 min. Isso mesmo com Lucas Vázquez que iniciou o jogo mais recuado e pela direita na vaga do improdutivo Benzema. Além disso, o empate e com gols era ótimo para os visitantes merengues. E ficou melhor ainda, graças a Rafinha. O brasileiro, que provavelmente sairá do clube no meio do ano e que estava de lateral esquerdo (Alaba está no departamento médico), errou feio um passe. Aos 10, numa sobra de escanteio, ele deu a criança no pé de Ascêncio, que tabelou com Vázquez e na saída do Goleiro, deu um tapa no canto esquerdo. Bonita gol! Virada do Real, 2×1. A partir daí, o Bayern volta com tudo em cima. Frank Ribery obriga Navas a se redimir com 2 excelentes defesas. Os avantes Thomas Müller e Robert Levandowski chegaram a se atrapalharem numa finalização que empataria o jogo. E Benzema, que entrou no lugar do machucado Dani Carvajal (passando Vázquez pela 1° vez para a lateral direita), ainda perdeu a chance do 3°. O Real, pela vantagem e por decidir em casa, tem uma ponta visível de favoritismo. Só que não está nada definido. Os últimos confrontos, inclusive entre os 2, mostram isso. Então, não será surpresa se o Bayern vencer e se classificar, em pleno Santiago Bernabéu. Mesmo desfalcado. Mas ainda sobre o duelo de ida, vale destacar as péssimas atuações de Rafinha e Thiago; a boa de Martínez; as excelentes de James Rodriguez (que tem se recuperado na baviera e mostrou isso justamente contra a equipe que o emprestou por 2 temporadas) e principalmente, o veterano Ribery. Além disso, Vidal e especialmente, Alaba, fizeram bastante falta. Do Real Madrid, destaco as contribuições de Vázquez e Ascêncio; a segurança que Ramos voltou a dá junto com Varane a zaga; as redenções de Navas e Marcelo (que havia falhado na recomposição do gol adversário); a outra precisa atuação de Kross, mas que contou com seus companheiros Modric, Isco e Cristiano num dia não muito inspirados. E falando no português, esse foi o 1° jogo que ele passa em branco, sem marcar gol nessa edição da UCL...

Despedida e aposentadoria: Nessa semana, 2 importantes, conhecidos e excelentes jogadores anunciaram um tipo de despedida. Iniesta, vários anos de Barcelona e 31 títulos culé, disse que queria encerrar a carreira no clube. Porém, lamenta por não conseguir mais ser o mesmo. O que é verdade. Por isso, após a Copa deverá ir para o futebol chinês. Uma pena! Contudo, muito sucesso nessa nova jornada. Já Julio Cesar, Goleiro do Flamengo e com passagens marcantes por Inter de Milão, Benfica e seleção brasileira, saiu de cena, como atleta. Outra perca! Ele não merece ficar marcado pelos 7×1 e nem pelas falhas contra a Holanda na Copa de 2010. Sua carreira foi muito mais do que isso. E foi bonita a despedida no jogo contra o América Mineiro no maraca, sábado passado (vitória por 2×0)...

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