Caminhoneiros × governo: como resolver o impasse?


Hoje, completam 4 dias que os caminhoneiros decidiram ficar de braços cruzados de seus serviços e se manifestaram contra o abuso cobrado no valor do diesel. Diante desse absurdo, a Petrobras abaixou temporariamente o preço por litro da gasolina (1,14%) e do álcool (0,62%), e a união ameaçou a cortar o CIDE sob o oleoduto. Só que isso é insuficiente. A Bovespa, hoje, opera numa queda de 0,99%, por exemplo. Os papéis da Petrobras também despencaram hoje na Bolsa de Nova York (1,41%), em um dólar cotado a R$3,63. Enquanto isso, falta etanol em vários postos de combustíveis onde os valores do litro dispararam. Alguns aqui em Brasília chegam até - acreditem - a cobrarem quase R$10,00 (R$9,99) sob o litro. E as refinarias que aderiram ao dia da liberdade sem impostos (iniciativa da Câmara dos Dirigentes Lojistas Jovens - CDL), os motoristas até madrugaram, formando uma fila enorme, mas logo o estoque se foi. Em muitos aeroportos, o transtorno também já é grande. Além de Salvador, em outras cidades os motoristas de ônibus também já pensam em aderir a paralisação. Isso para não citar os que já saem das paradas hiperlotados. Fora os motoqueiros, que igualmente estão entrando na adesão ao movimento. Avenidas, como a Régis Bettencourt em São Paulo, são tomadas por protestos cada vez maiores. A Régis é a Rodovia que liga as regiões Sul e Sudeste do país. O que pode elevar a tensão, como na EPG em Brasília, onde tentaram derrubar uma combe e o motorista, desceu armado do veículo e chegou a ser detido pela PM. Estados como Pará, Paraná, Tocatins e São Paulo já sofrem com o desabastecimento em supermercados. A Ceasa, que fica na zona portuária Norte do Rio de Janeiro, mas é a feira por onde mais abastece a América Latina, a situação não deixa de está caótica. A montadora GM é outra que também se diz afetada em suas fábricas por falta de peças na montagem de carros. Nesse cenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fala em déficit de R$9 bilhões nas contas públicas. O Temer, R$12 bi. E fontes ligadas ao Planalto, de até R$15 bi, caso o fim do pis/cofins do diesel seja anunciado. Economistas dizem que caso isso ocorra, será puramente uma medida eleitoreira e o ajuste fiscal, poderá "ir para o brejo", num momento de retomada do crescimento econômico. Além de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, na visão deles. Todavia, é justamente esse fim do pis/cofins que os transportadores terrestres tanto desejam. Inclusive, o Presidente do Sindicato dos Sindmotoristas/Caminhoneiros, José Alves Fonseca, afirma que não sede de jeito nenhum a pressões. E, ainda que o Palácio do Planalto postergue para a próxima semana ou até a "poeira sentar", a categoria só volta ao trabalho de fato quando eliminar esses subsídios do diesel e nos combustíveis em si, é bom lembrar. Claro que o Governo Federal faz chantagem emocional e a categoria pode decidir o fim da greve a qualquer hora, mas e agora??? Será que se definir melhor as prioridades, melhorar a gestão e houver menos desvios, já não faria a diferença?? Isso afim de reduzir, pelo menos, em R$0,46 o preço do frete. O que equivale a uma queda de 12% no tributo incidente. Assim mesmo, considerado muito pouco por vários caminhoneiros. E órgãos, do naipe do Procon, precisam ficar bemmm "de olho" em toda essa situação. Eita, Brasil...

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