Nova moeda na Venezuela: e agora?


Olha, esses dias a Venezuela anunciou a criação de uma nova moeda: O bolívar soberano (Bs. S), que já está circulando, em substituição ao bolívar. O que representa um corte de 5 zeros em suas cédulas. O governo comandado pelo ditador Nicolás Maduro fez isso por que está bastante pressionado e cobrado - especialmente, pela ONU (Organizações das Nações Unidas) e comunidade internacional, pelo caos político, econômico, social e histórico que seu povo vive. Além da hiperinflação extratosférica de 1 bilhão por cento. Ainda que a base de apoio o dê guarida no poder. Agora, a questão que fica é: Essas medidas terão jeito? Resolverão os gravíssimos problemas? Então, vamos a elas: 1°, a criação de 8 notas "comuns" e distintas, cujas variam de 2 a 500 bolívares. Além de 2 metálicas: 50 centavos e 1 Bs. S. Assim, diz o governo, em aumentar 35 vezes o salário mínimo. Dessa forma, passando de 5,196.000 Bs. S para 180,000.000 Bs. S. O que daria uma elevação de 3500%, com 0,50 petros (valor do petróleo venezuelano). Além de simplificar as transações e registros contabéis e com papel moeda de diferentes valores. Isso para não falar da cripto moeda, que seria obrigatória em operações relacionadas a petróleo e também assente no preço internacional de seu barril, incluindo recursos naturais, como: Ouro, gás de cozinha, o próprio petróleo. O governo de Caracas também promete austeridade, zerar o déficit fiscal e subir o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) de 12% pra 16%, exonerando bens de consumo em massa e de 1° necessidades, como: Alimentos e medicamentos, que terão tributos de no máximo 2%. Segundo economistas, o problema desses impactos é a maior oferta monetária, com maxidesvalorização de seus produtos e serviços, e altas dos combustíveis e dos impostos. Acontece o seguinte: Desvalorização do papel moeda (a perca dos 5 zeros) e indexação de preços, cujos poderão ser até diários, que nem na época do Collor aqui no Brasil. O que poderia ser uma. Só que mesmo crescendo o salário em 35 vezes e 3500%, a cobrança abusiva de preços, juros e impostos também aumentar e mais ainda. Aí, teria de retrair e rearrumar toda a economia novamente. Se em épocas normais já é um trabalhão, imagina numa crise e absurda, com estoques vazios, que significa "vacas magras". Desse jeito, dificilmente zerará o déficit fiscal. Aliás, na prática mesmo, deveria fazer um ajuste fiscal, monetário e cambial. Se não, dificilmente repetirá sucessos do naipe de nações, tipo: Hungria e China, cujas também passaram por tempos catastróficos. Só que isso, certamente, não foi mudando os papeis de uma hora pra outra (o que já tem deixado a população e mercado financeiro perdidos), nem decretando "loucamente" aumentos nos ganhos para daqui a menos de 15 dias (1° de Setembro)... Ou seja, a pressão e o desespero podem não ser suficientes para tirar o país de Maduro da recessão, cuja já atinge o 5° ano consecutivo, diante de um PIB (Produto Interno Bruto), caindo 18% só em 2018 e um desemprego que bate na casa dos 30% da população. E o pior: O Fundo Monetário Internacional já vem projetando esse número no patamar de 36% até 2022. Por isso, 2 milhões e 3 mil andinos vazaram do território bolivariano. Então, eis a questão... Todavia, tomara que a República Bolivariana da Venezuela consiga sair dessa crise braba e tirar 87% da miséria, também segundo o FMI. No entanto, vendendo carne estragada é o fim da picada mesmooooo... É punk!!!! Veremos cenas dos próximos capítulos...

Enquanto isso... Desses mais de 2 milhões de pessoas que se esvaíram do país andino, 90% foram pra nações vizinhas, sendo 2% pro Brasil (50 mil) e 40 mil pra Roraima (através da fronteira com Pacaraima). Se governos como o do Equador e do Peru mandaram fechar as suas fronteiras com a Venezuela, a Governadora de Roraima, Suely Campos (PP), também mandou ofício ao Governo Federal solicitando a mesma coisa. O que não foi aceito pelo Ministro Chefe do Gabinete Institucional, o General Sergio Echegoyen. Ele declarou que está na Constituição a proibição do fechamento de nossas fronteiras. Além de no início do ano, o Temer ter assinado um decreto em se comprometendo a dar todo o tipo de assistência necessária aos refugiados bolivarianos. É verdade que a Força Nacional já tinha deslocado um efetivo em direção a Boa Vista no começo de 2018. Assim como a Cruz Vermelha, a ONU. E agora está tudo reforçado. Entretanto, o Brasil e a América do Sul, que já possuem tantos problemas, não estão dando conta de tantos refugiados. O mesmo, claro, se aplica a Roraima. É preciso de uma solução rápida, emergencial e eficiente...

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