Bolsonaro larga na frente...


Um resumo simples e direto: Jair Bolsonaro (PSL), 46,03% e Fernando Haddad (PT), 29,28% dos votos válidos. Eles irão disputar o 2° turno das Eleições presidenciais no próximo dia 28. Ciro Gomes (PDT), 3° colocado, com 12,52%, foi o único que ganhou em um estado, sem Jair ou Fernando. Ele venceu em seu reduto, no Ceará. Geraldo Alkimin (PSDB), mesmo com toda a estrutura e mais tempo de mídia, amargou apenas o distante 4° lugar, com 4,82%. Partido desintegrado e nítida falta de criatividade para se reinventar atrapalharam o tucano. João Amoêdo, do estreante Novo, foi a grata surpresa, em 5°, com 2,57%. Quem o seguiu na classificação, foi o arrojado, mas desconhecido Cabo Daciolo (Patriota), com 1,26%. Amoêdo e Daciolo deixaram para trás os decepcionantes caciques, Marina Silva (Rede), 1,06% e Álvaro Dias (Podemos), com seus 0,81%. O renomado Economista, mas também decepcionante, Henrique Meirelles (MDB) e seus 1,21%, foi o mais perto de João e Cabo. E Guilherme Boulos (PSol), 0,58%, ficou a frente somente de Vera Lúcia, Eymael e João Goulart Filho. Essa foi a 8° Eleição após os 30 anos completos agora em 2018 da redemocratização tupiniquim e depois de 6, alguém que não fosse do PSDB, nem do PT, conseguiu sair vitorioso, pelo menos do 1° pleito. Bolsonaro, por sua vez, ganhou em 17 estados e 23 capitais. Haddad, em 9 estados e 3 capitais. O negócio é o seguinte: Haddad, terá de tirar 20 pontos de diferença pro seu ferrenho opositor. Por isso, quer fortalecer a "esquerda" (incluindo candidatos derrotados, como Boulos e até Ciro) e buscar apoio em siglas, como a do PSB, em centros cruciais, especialmente das Regiões Sul e Sudeste. Além da possível aliança com Rodrigo Rollemberg aqui no Distrito Federal. Para isso, o recém eleito Senador pela Bahia, Jacques Wagner, foi nomeado interlocutor oficial da campanha. E Jaques, com o apoio de Lula (este preso em Curitiba), já declarou que Haddad deve ter "vida própria", para se desenvolver e angariar votos preciosos na corrida eleitoral. Para Bolsonaro, além de seguir "colando" a imagem do petista ao condenado Lula, precisa só obter mais alguns votos do PT, em Estados como Maranhão e Bahia, via Nordeste, pra decretar o triunfo definitivo. Todavia, não pode se descuidar de Regiões, como a Norte e Centro-oeste. Além de importantes apoios, cujos já declarados, dos tucanos Dória, em São Paulo e Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul. Ambos disputam o 2° pleito em seus territórios. Isso, mesmo sem o Presidente da sigla e rodado cacique, Alkimin, que deverá ser neutro nesse 2° turno. Na parte política, o General Augusto Heleno está por trás das negociações e na econômica, o confiável Paulo Guedes. Por sinal, até o mercado financeiro sinaliza positivamente pro Bolsonaro. O dólar, que já vinha descendo, na véspera do Domingo, caiu 2,92% ontem e hoje se mantém na faixa dos R$3,74, a cotação. O que é ótimo e mostra por que alguns já chamam o Bolsonaro de "fenômeno". (Ainda ontem, Boulos se juntou a Haddad e anunciou aliança com o petista. Ciro sinalizou, mas pelo menos ainda não acertou nada. Alkimin, Marina, Álvaro Dias, Meirelles e Daciolo preferiram ficar neutos. Porém, o PTB, de Roberto Jefferson, que foi da base do Alkimin no 1° turno, declarou cisão a Bolsonaro. Assim como o PSC, de Paulo Rabello de Castro, que foi o Vice de Álvaro no 1° turno. As conversas de lado a lado persistem e até o final da semana, o Partido dos Trabalhadores e o Partido Social Liberal deverão anunciar mais alianças.)

Novidades e surpresas: 14 estados terão 2° turno pra Governador e 13 elegeram direto no 1°, sendo 7 reeleitos. No Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e seu poder financeiro e de persuasão, arrancou, disparou e terminou com 41,97% dos votos válidos. O atual Governador, Rollemberg (PSB), com 13,94% será o seu adversário no 2° turno. Eliana Pedrosa (Pros) e sua promessa de construir 2 estádios, foi quem decepcionou e dispencou pro 5° lugar. Conseguiu ficar atrás até do surpreendente General Paulo Chagas (PRP), cujo acabou em 4°. Rogério Rosso (PSD) foi o 3°. No Rio de Janeiro, Wilson Witsel (PSC), após declarar apoio massivo a Bolsonaro, ultrapassou todo mundo e ainda confundindo até os renomados Ibope, Datafolha, acabou com os largos 41,26%. O cacique Eduardo Paes (MDB), 19,56%, será o seu oponente na 2° etapa. O ex-jogador e atual Senador, Romário (Podemos), mesmo com o apoio na reta final do proibido Garotinho, caiu e terminou no 4° lugar. Ficou atrás inclusive de Tarcísio Motta (PSol). Em Minas, a importante virada de Romeu Zema (Novo), 42,73%, deixando Antônio Anastasia (PSDB) com 29,06%. O atual mandatário, Fernando Pimentel (PT), em 3°, está fora do returno. E em São Paulo, João Dória (PSDB), mesmo com a rejeição na casa dos 30%, passou pro 2° turno em 1°, com 31,77%. O atual governante, Márcio França (PSB), em 2°, com 21,53%, será o rival. Paulo Skaf (MDB), 21,09%, por muito pouco não avançou. Pela Assembléia Legislativa do Estado, a Advogada pró impeachment de Dilma, Janaína Paschoal (PSL), foi eleita a Deputada com mais votos na história do Brasil. Ela teve mais de 2 milhões de votos. Falando nisso, Flávio Bolsonaro (PSL e filho de Jair), pelo RJ, foi o Senador eleito com a maior votação do Brasil nessas Eleições. Flávio obteve mais de 4 milhões de votos. A outra vaga do Rio é de Arolde de Oliveira (PSD), que deixou o "velho" cacique César Maia (DEM e Pai do atual Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, DEM) fora. A própria Dilma Rousseff (PT), por Minas Gerais, mesmo com os institutos dando como certa a vaga, também ficou fora. As duas cadeiras do Estado foram obtidas por Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS). Nomes, como Vanessa Grazziottin (Pc do B, Amazonas) e até o reconhecido Cristovam Buarque (PPS, DF), também perderam os seus postos no Senado. Dos 54 lugares disponíveis na casa, haverá 46 mudanças para 2019 e 32 que buscavam a reeleição no próprio Senado, apenas 8 conseguiram. Isso significa que de cada 4, 3 não conseguiram a eleiçao ou reeleição. O que representa 85% de alteração. A maior de sua história, desde a redemocratização. O que o MDB reduzir a bancada de 18 pra 12 parlamentares, o PSDB, de 12 pra 8, o PT, de 9 pra 6. O PSD subiu de 5 pra 7, a Rede de 1 pra 5. Agora, o partido que mais cresceu no país, foi o PSL, claro, de Bolsonaro. No próprio Senado, foi de 0 pra 4 parlamentares. Em Assembléias, como a do RJ, de 2 para 13 Deputados Estaduais, também cresceu bastante. E na própria Câmara Federal, cuja mexeu em torno de 50% dos Deputados, comparado com 2014, o PSL, que só tinha o próprio Jair Bolsonaro, agora terá 52 parlamentares. Só fica atrás do PT, mas que assim mesmo, reduzirá de 61 pra 56. Câmaras estaduais, como a daqui do DF, que modificará 16 dos 24 gabinetes, também está mudando de forma considerável. Esses foram só alguns dos números da Eleição mais aguardada e comentada da história do Brasil. Ou seja, há uma renovação no quadro político deste país, que se não é o ideal, é importante e maior do que muitos especialistas apontavam. Óbvio que só na prática saberemos se foi benéfica ou não, mas precisava dar uma arejada mesmo... E grande, em vários aspectos, do tipo: Economia, educação, saúde. O único que o blogueiro lamenta a ausência é de Magno Malta (PR-ES), por seu atuante e incansável trabalho contra a pedofilia e em defesa de valores morais, éticos e Cristãos. Entretanto, a política brasileira e o Brasil ainda precisam melhorar bastante. Tanto que muita gente, não sem razão, anulou o voto ou nem compareceu as urnas. Porém, tomará que esse tenha sido apenas o início de uma evolução verdadeira e contínua...

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