Mais organizado e efetivo, Cruzeiro é "hexa"...


Assim como no Mineirão, um lindo espetáculo de fogos de artifício, antes de Corinthians e Cruzeiro. Dida, ex excepcional Goleiro e que já levantou o troféu da Copa do Brasil pelos 2 clubes, a conduziu pro centro do gramado do Itaquerão. Pós apresentação da taça desse ano e refletores acesos, a bola rolou. Precisando vencer pra pelo menos levar a decisão pros penâltis, o alvinegro, de Jair Ventura, começou com o Centroavante Jonathan no lugar do confuso Clayson e apostou na alta rodagem do veterano e polêmico Emerson Sheik, deixando Mateus Vital no banco. Se Jair fosse mais ousado, Douglas ou até o talismã Pedrinho, também poderiam ter iniciado na vaga de um dos Volantes. Gabriel e Ralf são 2 bons marcadores, mas muito fixos e defensivos. Bastaria um deles apenas marcando. Mesmo embalado pela maioria absoluta dos 45.978 "fieis" torcedores (aliás, foi a maior arrecadação da arena nos jogos do clube, com mais de 5 milhões de reais, R$5.108.151,00 pra ser mais exato) e tentando pressionar o adversário, a equipe se mostrou irritadiça e desorganizada. Pouco adiantava os 70% de posse de bola. Aliás, foi um jogo tenso e truncado - até demais, com 6 amarelos pros donos da casa e 3 para os visitantes. Fora as exageradas 35 faltas cometidas de lado a lado. No 1° tempo, os corintianos só criaram uma chance real de gol. Jádson, único organizador de fato, alçou bola na área e Henrique desviou rente a meta esquerda de Fábio. Melhor para a mais organizada raposa. Com exceção do suspenso Lateral Esquerdo Egídio (substituido pelo improvisado Volante argentino, Lucas Romero, que não comprometeu), Mano Menezes manteve o mesmo time e o 4-2-3-1. A única diferença foi que podia esperar um pouco mais, marcando no meio-campo. Assim, Henrique e Ariel Cabral, com a ajuda dos homens mais avançados e Edílson e Romero, encaixotavam Jádson, enquanto Sheik e Romero corriam perdidos pelos lados. Dedé e Léo cuidavam do isolado Jonathan. Aliás, Dedé deu mais um show na defesa, é zagueiro de nível de seleção e ainda cabeceou uma bola na trave direita de Cássio, após falta batida, por dessa vez, mais discreto Thiago Neves. Dedé, inclusive, foi escolhido o "cara" da Final pela organização. E aos 18 min, saiu o 1° tento dos mineiros. Bastou Léo Santos tentar evitar uma saída de bola e errar no domínio, pra Rafinha tomar, avançar pela esquerda e tocar para Hernán Barcos, cujo chutou na trave. Na sobra, Robinho, um dos destaques do clube da Toca da Raposa, mandou pro fundo das redes. 1×0, Cruzeiro. Quando Jair deveria ter mexido, que era NO MÍNIMO no intervalo, resolve voltar com a mesma formação. Só que na pressão da torcida e do time, consegue um penâlti, aos 6 min. Em disputa com Thiago Neves, Ralf cai na área e após muita insistência, Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa-RJ) consulta o replay do árbitro de vídeo e erroneamente, interpreta marca da cal: Jádson, não desperdiça, aos 10 min. 1×1. Empolgado, os paulistas foram com tudo pra virada. Léo ainda teve oportunidade de marcar 2×1 pros cruzeirenses, mas aos 25 min o lance que mudou o rumo da decisão: Pedrinho, finalmente em campo, na vaga de Jonathan, acerta uma bonita finalização de fora do perímetro. 2×1, Corinthians. Só que não. Dessa vez, acertadamente e com frieza, Wagner checa o lance e descobre a falta de Jádson em Dedé na origem. Correta a anulação! Com isso, é essencial também destacar que das 11 finalizações dos mandantes a meta do goleirão Fábio, somente a penalidade de Jádson foi no alvo. O que obviamente é muito pouco pra um clube grande, jogando em casa e que precisava da vitória pra ao menos levar pros penâltis uma decisão de campeonato. A anulação foi uma "ducha de água gelada" nos corintianos. O que facilititou para a raposa, enfim, controlar o jogo. Até que aos 36, o banco de Mano resolveu: Num rápido contra-ataque, Raniel que havia sacado Barcos (que voltou a atuar muito bem), recebeu e meteu pra Arrascaeta: O uruguaio, que acabará de defender sua seleção, pego voo de 24 horas até São Paulo e tirado Rafinha, cujo novamente foi muito bem, estou cara a cara com Cássio. Aí, bastou dar um toquinho de cavadinha e correr pro abraço. Gol de categoria! 2×1, Cruzeiro. Raniel ainda teve a chance do 3°. Daí, a sua pequena, mas barulhenta torcida em Itaquera acendeu sinalizadores. O que fez o árbitro parar o jogo. Porém, após os acréscimos, pôde apenas comemorar. É o 1° time a ter 6 títulos da Copa do Brasil e ganhou todas as partidas fora de casa. Melhorou em relação ao ano passado, quando conquistou esse mesmo torneio e está garantido na Libertadores do ano que vem. Entretanto, precisa de reforços, a fim de evoluir ainda mais. Assim como o Corinthians, que hoje está num patamar abaixo. No entanto, agora é hora de festejar, inclusive os R$50 milhões em sua conta (recorde na premiação da competição), acumulando os outros R$14 milhões por chegar a decisão...

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