Suado, sofrido, mas merecido!!!


Na quarta, o Athletico Paranaense bateu o Internacional por 2 a 1 e levou o seu 1° caneco de Copa do Brasil. Apenas pela conquista, faturou R$52 milhões. Se somadas com os R$12,3 mi das fases anteriores, o total chega em R$64,35 milhões, simplesmente a maior premiação da história do torneio. Além de garantir vaga direta pra Libertadores de 2020. Já o Inter, após exatos 10 anos da perca do título para o Corinthians, de Ronaldo fenômeno, no mesmo Beira-Rio, não conseguiu se igualar a 92, ano em que foi Campeão. Portanto, não conseguiu o seu 2° título na competição.
O Athletico repetiu a mesma escalação da semana anterior. Já o colorado, iniciou com o veloz Wellington Silva no lugar do contundido D'Alessandro. A ordem, obviamente, era sufocar o adversário, em sua defesa. E, literalmente, no 4-3-3, com o apoio constante dos Laterais Bruno e Uendel. Além, é claro, das infiltrações coordenadas de Edenílson e Patrick. Apesar das linhas próximas, compactas e ofensivas, Rodrigo Lindoso era o homem que dava a segurança necessária a Zaga. Na verdade, era o Volante responsável pelo balanço defensivo. Wellington e Guerrero faziam boa partida na frente. Porém, o principal destaque era Nico López. No 1° min de jogo, por exemplo, já obrigava a Santos (convovado pros 2 próximos amistosos da Seleção) a fechar as suas traves. Aliás, o uruguaio foi o responsável pela cobrança de escanteio em que ele mesmo empatou o confronto, aos 31 min: Após a cabeçada de Lindoso no travessão e bate e rebate na pequena área, ele igualou o marcador: 1×1.
Com mais iniciativa e bem articulado, os gaúchos eram melhores na partida. Só que ressentiam da falta do toque de classe no último passe ou na finalização do argentino D'Alessandro. Os paranaenses, mesmo mais recuados (muitas vezes, literalmente com 2 linhas de 4), marcavam bem e por sua vez, buscavam no veloz e hábil Rony, pela esquerda, as suas principais ações. E, exatamente daí, já haviam aberto o placar, aos 24 min: Rony puxou o contra-ataque, serviu Marco Ruben, que deu para Léo Cittadini (que por sinal atuou melhor em relação ao duelo da ida) entrar em velocidade na área, se antecipar a Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e com um toquinho na saída de Lomba, balançou as redes: 1×0, Athletico.
Todavia, foi no 2° tempo em que o furacão controlou, dominou e vencou a pelota. Isso foi por vários fatores. Entretanto, as mexidas de Tiago Nunes foram determinantes e melhores do que as de Odair Hellmann: Mesmo com Rafael Sóbis entrando bem e deixando a equipe num alucinado 4-2-4, Patrick vinha fazendo um excelente jogo. A saída dele e principalmente depois, o deslocamento de Edenílson pra Lareral, tiraram o poder de armação dos donos da casa. Nonato, que entrou na vaga do lesionado Bruno, poderia ter atuado na posição. Mesmo que também não seja a dele. E a de Guilherme Parede no lugar de Wellington foi a "pá de cal". Já Tiago, colocou os experientes e veteranos Madson e Lucho González. Saíram os jovens Khellven e Cittadini. Entretanto, a sacada principal e mais correta foi mesmo a do Marcelo Cirino na posição de Marco Ruben. Era pra dar mais profundidade a equipe. Cirino, entrou muito bem e construiu a jogada mais antológica do campeonato, aos 51 min: Com a bola dominada na ponta esquerda, rente a linha lateral e de costas para Sóbis e Edenílson que o marcavam, bastou um toque sutil pra dribla-los, de letra. CINEMATOGRÁFICO!!!!! Aí, bastou passar por Lindoso e descobrir Rony, que decretou, não só o 1° troféu do clube, mas do Estado do Paraná na Copa do Brasil. Final, 2×1, CAP.
Comemoração de seus mais de 2 mil torcedores presentes no estádio! Festa em Curitiba, com direito até a carreatas, buzinaços e trio elétrico, inclusive pra receber os jogadores e a delegação... Bonita e merecida!!!!! É um clube que há 20 anos reinaugurou a sua Arena (teve até um amistoso da Seleção pra isso) e a remodelou pra Copa de 2014. A Arena da Baixada, com capacidade para mais de 40 mil torcedores, é unica do Brasil que tem grama sintética e teto retrátil, cuja abre ou fecha de acordo com o clima. Isso para não falar do moderníssimo CT do Caju e por aí vai... No entanto, o trabalho sério começa desde lá de baixo, nas categorias de base. Vide Kleberson (Campeão Brasileiro em 2001, que foi a 1° grande conquista do clube e do mundo em 2002, com a Seleção), Jadson e Fernandinho (que também atuaram pelo Brasil. Fora Renan Lodi, recém muito bem vendido ao Atlético de Madrid e chamado pra Seleção. Aliás, do time atual, atletas oriundos da própria base, como: Léo Pereira, Bruno Guimarães e Cirino, são titulares ou entram constantemente em campo. Até por isso, ao lado de Botafogo, Fluminense e Goiás, "pode se dar ao luxo" de ter apenas a 12° folha salarial mais cara da Série "A" do Brasileiro. Os R$2,5 milhões pagos mensalmente na carteira do elenco é bem mais em conta do que dos milionários Palmeiras (R$8,5 mi) e Flamengo (R$6,5 mi), e até mesmo dos endividadíssimos Cruzeiro (R$7,6 mi) e Corinthians (R$7,4 mi), segundo especialistas de marketing e economia. Até mesmo o Inter, seu adversário da decisão, coloca mais (R$4,2 mi). Entretanto, com as contas em dia e mesmo tendo um "mandachuva" como o Petraglia, ainda briga fortemente contra a Globo e Federação do próprio Estado do Paraná: Há anos põe somente o Sub-23 no estadual e é o único clube desse país que não fechou contrato de transmissão de seus jogos pros próximos anos no pay pier view e Sportv.
Então, esses mais de 1 ano e 3 meses do ÓTIMO trabalho de Tiago Nunes a frente do elenco estão coroando a instituição de conquistas e deixando o clube, cada vez maior, sim. Inclusive, com o tao destacado "h" no nome... É a melhor fase de seus 95 anos de vida... E não a toa, na final mais caseira e sulista da história, os visitantes é que se segraram campeões...

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