Vibrante, Athletico larga na frente...


Na final de Copa do Brasil mais caseira e sulista da história, o Athletico Paranaense saiu em vantagem mínima. Com a sua efervescente Arena da Baixada e seus quase 40 mil apaixonados torcedores, ganhou de 1×0 do Internacional, no duelo de ida da final. Aliás, foi o 2° maior público da Baixada depois de sua reinauguração, na Copa de 2014. Só perde para os 40.263 fanáticos torcedores, diante do Junior Barranquilla, dia da conquista da Sul-Americana, em 2018.
No jogo de antes de ontem, a estratégia de Tiago Nunes era a óbvia marcação alta, com o seu time sufocando o rival, desde a saída de bola. O seu 4-3-3, dissecado em um 4-2-3-1 ou 4-3-2-1 ou até num pequeno 4-1-4-1, era intenso, agressivo e compacto. Enquanto o de Odair Hellmann era as 2 cerradas linhas de 4 ou um povoado 4-5-1, defensivo, a busca de um contra-ataque. Estratégia que, por sinal, deu certo fora contra o Cruzeiro, mas errada na casa de Palmeiras e Flamengo (este na Libertadores).
Os paranaenses tinham a iniciativa, velocidade, era volumoso, com até 67% de posse de bola e inversões de jogo. Além dos avanços constantes e até simultâneos dos laterais. O que é um risco pra sua defesa, mas ambos jogavam muito bem. Principalmente, a boa revelação da casa Khelleven, na direita. Setor onde Rony caia muito bem. Assim como o outro atacante, Nikão. No entanto, mais pela esquerda.
Todavia, faltava aproximação e especialmente, tabelas ou triangulações perante o pessoal do meio. Ou seja, faltava armação. O que deixava Marco Ruben, muitas vezes, isolado. Wellington é 1° Volante. O jovem, bom e pretendido por Cheasea e Atlético de Madrid, Bruno Guimarães, encaixotado na marcação colorada. E Léo Cittadini, não conseguindo fazer isso com eficiência. Aliás, a principal finalização dos mandantes na 1° etapa, foi justamente dele: Bola rente a meta direita de Marcelo Lomba. Já o Inter, deu o chute mais perigoso, com Nico López fazendo Santos espalmar a pelota.
Entretanto, no 2° tempo, a mexida fatal de Tiago: Aos 11, entra o rápido armador Thonny Anderson, justamente na vaga de Cittadini. Aí, 2 min depois, ele inicia a jogada do gol: Lança Nikão na ponta esquerda, cujo toca pra Marco Ruben. Este faz tabela com Bruno Guimarães, que na sobra da rebatida da defesa dos gaúchos, acerta um lindo chute no canto esquerdo. 1×0, Athletico. Depois disso, ainda deu tempo pra Rony fazer uma excelente arrancada do centro pra direita e obrigar Lomba a praticar a não menos ótima defesa. E Edenílson, pelo lado visitante, a botar 2 raras arrancadas perigosas, via setor diteito. Fora isso, ambos os times pareciam estrategicamente satisfeitos com o resultado.
Na quarta que vem, em Porto Alegre, basta um empate pro furacão levar a sua 1° Copa do Brasil. Já pro Inter, precisa vencer com pelo menos um gol de diferença (qualquer placar nesse sentido), para levar a disputa por penâltis. Diferença de 2 ou mais, conquista a sua 2° taça na competição. E deve ter uma postura mais ofensiva e ousada, dentro do Beira-Rio, que certamente também estará abarrotado. E tomara que com D'Alessandro escalado pelo centro. É um desperdício enorme vê-lo na ponta, marcando Lateral. Agora, o Athletico, que deverá jogar mais recuado, se quiser ser Campeão, não poderá viver apenas de contra-golpe...

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