Uma novela mexicana na Europa!


O termo brexit é uma abreviação de "british exit", que se chama êxito britânico. Significa saída, encerramento, rompimento do Reino Unido com a União Europeia (UE).
Isso veio a tona em Junho de 2016, quando, num plebiscito, a maioria apertada dos britânicos (52% contra 48%) optaram pela separação do Reino com a União. Então, ficou decidido que o Bloco formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte iria deixar a UE. Isso sem citar Gibraltar (costa sul da Espanha) e República da Irlanda (que obviamente também fica ali pela região)...
A essa altura, já tinha trocado de 1° ministro, com Theresa May assumindo o lugar de David Cameron, justamente no intuito de acelerar as discussões sobre como seria feita essa separação. De forma pacífica, Theresa tinha a missão de promover o chamado "acordo de retirada" da UE até 29 de Março de 2019. Ou seja, ela teve quase 3 anos pra chegar em um consenso e retirar o Bloco da Zona do Euro.
No entanto, as 3 propostas apresentadas ao congresso britânico foram amplamente renegadas. O que custou a liderança do Partido Conservador e a perca do cargo de 1° Ministra para Boris Johnson, em Junho desse ano.
Com o já remarcado prazo pra 31 de Outubro desse ano e já ter e já ter sido chanceler (uma espécie de chefe de gabinete) da ex-premiê por quase 2 anos, quando saiu justamente por criticas ao Brexit, Boris chegou "falando grosso": Garantiu que o Reino Unido iria se livrar da União Europeia antes do prazo determinado, "com ou sem acordo". O que só dificultou as relações com o seu Parlamento e com grande parte dos outros 29 países da UE. E até com poderosos, como os EUA, de Trump... Seja interna ou externamente, as relações ficaram ainda mais estremecidas do que na época de May.
Isso tudo mais a famosa Guerra com os franceses pelas Ilhas Malvinas e questões culturais (por exemplo, os ingleses, ao contrário da maioria do mundo, têm o volante do carro no lado direito...), por si só, é o suficiente pra travar o acordo. O forte peso das libras esterlinas, mas os 30% da UE que fariam falta a economia do Reino, também pesam contra a saída pacífica. Mesmo com Johnson afirmando que injetaria um financiamento extra de 2,1 bi de libras na economia do Grupo.
Além disso, há o fato de que mesmo se a saída for pela "porta da frente", teria de pagar a UE o equivalente a R$39 bi pelo rompimento do contrato. Fora, o que fazer com os europeus cujo moram no Reino Unido e como proceder diante de quem é britânico, porém reside nas demais nações da UE?? Pontos que também não estão definidos... Além da "fronteira dura" entre as irlandas. Hoje, isso não há. Todavia, existe o medo de reacender e de vez uma briga entre as duas, cuja poderia ter consequências desastrosas pro livre comércio e empresas do Reino.
É verdade que o acordo entre o Reino e a União foi feito na última quinta-feira. Entretanto, contudo, porém, a decisão, no sábado, do Parlamento e oposição britânica de mais um adiamento (prazo indefinido) - fora os protestos de rua da dividida população, mostraram apenas que não só não confiam no 1° ministro, mas o quanto está bem delicada encontrar um censo comum sobre a questão.
Por isso, o Brexit virou uma novela mexicana, em plena Europa. E que ainda pode ter mais roteiros de suspense, em anos e anos... O planeta inteiro está "de olho"...

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