Não é mera coincidência, não!


A renúncia de Evo Morales, neste domingo, no comando da Bolívia, mostra, nada mais, o caos que domina, não apenas o país, mas a América do Sul em si, como um continente. De maneira geral...
Equador, 3 de Outubro: o Presidente Lenín Moreno simplesmente aumenta o preço das refinarias de combustível. Situação que faz a nação explodir imediatamente. Os protestos são tão grandes, intensos e sobretudo, violentos que teve de mudar a sede do governo de Quito para Guayaquil. Pelo menos, por enquanto. 5 pessoas morreram. E Moreno, que acusou o antecessor Rafael Correa e o venezuelano Maduro de tramarem contra ele, só permanece no poder por causa da comunidade internacional. Inclusive, do apoio brasileiro.
Argentina: o fraco Governo de Mauricio Macri possibilitou a vitória de Alberto Fernández nas Eleições do último dia 27. Com Cristina, da família Kirchner, em sua chapa, o Govetno Fernández não deve ser nenhuma maravilha. Muito pelo contrário, inclusive. Cristina e seu marido Néstor (falecido em 2010) tiveram mandatos terríveis...
Situação nada fácil também no Uruguai: o candidato do Governo, Daniel Martínez, está encontrando muitas dificuldades para ganhar as Eleições e suceder Tabaré Vásquez. No próximo dia 24, disputa o 2° Turno contra o oposicionista Luis Lacalle.
Dos 10 países da região, aparentemente Paraguai e Colômbia são os mais tranquilos. Todavia, a isca pro fogo pode acender a qualquer momento.
O Brasil também têm seus problemas e absurdos, como a retirada da obrigatoriedade da prisão de pessoas condenadas em 2° instância, por parte do STF, na semana passada. O que possibilitou detentos, como o ez-Presidente Lula, de sair da cadeia. O Congresso ainda pode reverter...
Venezuela: a situação segue degradante, com Juan Guaidó não conseguindo de fato tomar as rédeas de Nicolás Maduro. Mesmo com o amplo apoio do Brasil e internacional. Nicolás, permanece guiando as tropas militares e o povo, passando fome, fugindo pelas fronteiras de seu domínio.
Aliás, até o Chile, considerado por muitos, o "melhor país da região", idem atravessando os seus percalços, cujos já se tornaram gravíssimos: após um aumento de mais de 3,5% na tarifa do transporte público, as manifestações violentíssimas tomaram conta das ruas de Santiago e outras cidades. Desde o início, há mais de 3 semanas, 20 pessoas já tiveram suas vidas ceifadas.
O Presidente Sebastián Piñera conclamou seus Ministros a deixarem suas funções, mas ele mesmo não quer largar a sua. Inclusive, quer acelerar a reforma na Constituição, que dura desde a época do ditador Pinochet, em 1980. E não a toa, a Conmebol teve de transferir a final da Libertadores, entre Flamengo e River, de Santiago pra Lima, no próximo dia 23.
Aliás, falando em Lima, quem tenta fazer o certo também quase se dá mal. Presidido por Martin Vizcarra, que tentou dissolver os parlamentares do Congresso (a maioria deles envolvida em corrupção), o Peru quase perdeu a sua liderança, em 30 de Setembro. No entanto, a situação também segue tensa...
A América do Sul tinha tudo para ser uma região desenvolvida. Entretanto, parece que todas as tralhas foram jogadas aqui. Especialmente, por regimes esquerdistas e antidemocráticos. Então, a corrupção passou a reinar como nunca. A educação, singular e desastrosa.  A saúde, horrível. O saneamento básico, precário e o transporte público, com moblidade intransitável.
Intransitável, por sinal, está em viver e permanecer no meio desse caos urbano, social e econòmico, com a política se degringolando e de vez, a cada dia. Inseguro e principalmente, lamentável tudo isso! Estados de exceção ou emergência e toques de recolher pouco ou apenas momentaneamente adiantam alguma coisa.
Da Bolívia, a OEA (Organização dos Estados Anericanos) está cuidando...
Dos outros países, o mundo, preocupado, acompanha... Por isso, tudo o que está acontecendo e todo o sofrimento no Sul do continente americano está longe de ser uma mera "coincidência"...

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