Uma troca simples, mas também complexa!


A relação de Luiz Henrique Mandetta com Jair Bolsonaro estava bem enfadada há um certo tempo.

Principalmente, após a entrevista de Mandetta ao Fantástico, na qual declarou que "o governo precisava de um discurso único e que o povo não sabia se seguia as falas do Ministro ou do Presidente".

Ele defendia o "isolamento horizontal", no qual a maior parte ou toda à população deveria ficar em seus lares, fazendo a quarentena...

Já o presidente, defende o "isolamento vertical", no qual apenas os idosos e outros grupos de risco fiquem separados e reclusos em casa, devido ao Coronavírus...

Daí, a mudança...

Nelson Teich, atuou como consultor informal da campanha cuja levou Bolsonaro a Presidência em 2018 e sempre foi presente nos bastidores do Governo na área da Saúde.

Inclusive, foi cotado pro cargo no início do mandato do Presidente. Bolsonaro, porém, preferiu Mandetta na época.

Ele é carioca, tem 62 anos, formado em Medicina pela Universidade Estadual do Rio do Janeiro (UERJ) e especializado em Oncologia, no Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Dentre outras atividades, fundou o Centro de Oncologia Integrado (Grupo COI), em 1990, onde ficou até 2018 e cursou Gestão de Negócios, na requisitada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Além do doutorado que estava fazendo em Ciências e Economia da Saúde, na Universidade de York, no Reino Unido, onde já havia terminado o mestrado na área.

Teich, apesar de em um recente artigo, ter defendido o "distanciamento horizontal", tem uma visão mais holística da questão do que o antecessor, Mandetta: crer que saúde e economia podem perfeitamente andar juntas...

Por isso, hoje pela manhã, em sua posse, no Palácio do Planalto, declarou que vai buscar integração com todas as pastas do governo...

Ele também defende a testagem em massa da população e modelos matemáticos mais aplicáveis, perante o "isolamento social" e combate ao Corona.

De perfil mais técnico e menos político, tem a missão de convencer estados e municípios a serem mais flexíveis no enfrentamento a COVID-19...

Especialmente, praças como São Paulo, de Dória, que hoje é opositor a Bolsonaro, epicentro da doença no Brasil... 

Foi uma troca simples, mas complexa. 

Cordial, porém tensa e delicada. 

Veremos como será a atuação do novo ministro... 

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