Atrasos, problemas, abstenções marcaram o 1° turno...


O domingo de Eleições municipais foi marcado por atrasos em apurações, problemas para justificar e o não comparecimento de eleitores às urnas. Além das novidades e, principalmente, vitórias de políticos tradicionais. 

Segundo o ministro Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a demora de horas na divulgação dos resultados foi devido a centralização das apurações no próprio TSE. Ainda de acordo com Barroso, isso foi um pedido da Polícia Federal, para os TREs estaduais não mais fornecessem os resultados e o TSE só divulgasse, como antigamente. Assim, o próprio TSE teria de condizir toda a apuração. Além de supercomputador adquirido em Março, mas devido a pandemia, apenas começado a usar em Agosto pela Justiça Eleitoral, que falhou hora do processamento de dados. Então, a falta de testes também atrapalhou na hora da contagem dos votos. 

Fora, que várias pessoas, simplesmente, não conseguiram acessar o aplicativo e-Título. Ou seja, não tiveram êxito na justificativa da ausência do voto. 

Aliás, outra coisa que chamou foi o número alto de abstenções, cujo chegou a ser o maior, desde o ano de 96. Em média, 23% do eleirorado fugiu das cabines de votação, Brasil a dentro. Só que cidades, como Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro esse número beirou ou ultrapassou os 30%. Fora, brancos/nulos...

Isso foi por causa da Covid, porém concordo com os analistas cujos dizem que no mínimo está na hora de se rever a obrigatoriedade do voto. O eleitor precisa ser educado, conscientizado sobre a importância do voto, mas, sobretudo, em relação à direitos e deveres como cidadão e pessoa, e não ser obrigado a votar. Boa parte da classe política também não ajuda...

Mas, voltando pra Porto Alegre, é uma das 18 capitais onde haverá 2° turno: Sebastião Melo (MDB) e Manuela D'Ávila (PCdoB), se enfrentam. O atual Prefeito, Nelson Marchezan Jr (PSDB), ficou apenas em 4° lugar. No RJ, outro Prefeito com gestão problemática: Marcelo Crivella (Republicanos). Porém, ele ainda disputa o 2° turno contra o ex-prefeito, que é muito conhecido na cidade e favorito, Eduardo Paes (MDB). Em SP, outro embate à vista: Bruno Covas (PSDB) contra o desafiante Guilherme Boulos (PSOL). Impressionante, como Celso Russomanno (Republicanos) não consegue emplacar candidaturas no Executivo. 

No Recife, a família Arraes, herdeira de Miguel na política, disputa o returno: João Campos (PSB), cujo inclusive é filho de Eduardo Campos, morto num acidente aéreo, em 2014, diante de Marília (PT), neta de Miguel. Aliás, João e Marília são primos. Em Belo Horizonte, a bem avaliada gestão do ex-presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil (PSD), o fez ser reeleito, com 63% dos votos válidos. Aliás, Kalil foi um dos 7 prefeitos de capitais eleitos em turno único. Acima dele, somente Bruno Reis (DEM), capitaneado pelo atual ACM Neto (DEM) e sua família famosíssima, em Salvador, com mais de 64% dos votos. 

Dos Vereadores brasileiros, os mais votados foram: Eduardo Suplicy, Milton Leite, Major Palumbo e Fernando Holiday, os 4 por São Paulo e Carlos Bolsonaro, Republicanos, do Rio de Janeiro e filho do presidente. 

No entanto, apesar da pandemia e sem contestação de fraude nas urnas, o feriado da Proclamação da República ficou marcado pelas lamentáveis falhas do TSE... 

Órgão cujo custa nada menos do que 2 bi de reais/anuais a nós, contribuintes do Brasil...

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