As semelhanças e diferenças de Cuca e Abel Ferreira...


Embora, hiper valorizados no Brasil, os treinadores têm uma importância relativamente boa no futebol. 
São eles quem ministram os treinamentos, escalam, definem o sistema tático (pelo menos, na prancheta, já que, hoje em dia, é tanta correria e movimentação, que é quase impossível definir um único sistema) e estratégia da equipe (que pode variar de jogo a jogo ou de momento a momento). 
Além de serem os principais responsáveis por incentivarem e cobrarem os seus atletas. Principalmente, no futebol brasileiro, onde, inexplicavelmente, a grande maioria dos jogadores, não aceitam a presença de Psicólogos no trabalho do dia a dia. 
Daí, a importância dos técnicos serem bons "gestores de vestiário". 
Eles precisam saber enxergar o óbvio e mais ainda, o subjetivo. Tanto na montagem do elenco, no dia a dia de treinos, mas, claro, também durante os jogos. Além de estarem bem acompanhados em suas comissões técnicas. Considerando, minimamente, a qualidade dos jogadores, cuja ajuda a formar o estilo do conjunto, também. 
Essa linearidade, com pitadas de ousadia, podem fazer a diferença. Fazer a diferença entre um time organizado e desorganizado, uma marcação mais adiantada ou recuada e vários outros detalhes. 
"Há várias formas de ganhar e perder", defende o colunista Tostão. 
Santos, Palmeiras e vários outros times do futebol brasileiro e mundial, com maior ou menor talento, atuam mais ou menos dessa forma. 
O 4-3-3 de Santos e Palmeiras é igual o da prancheta. 
Só que o time da Vila, usa os velozes, habilidosos e criativos Marinho e Soteldo mais abertos pelas pontas. Apesar de Soteldo ter brilhado contra o Boca um pouco mais recuado e entrando pelo meio. Além disso, o armador Pituca e, principalmente, o volante Alisson, atuam mais recuados. 
Assim, os laterais podem subir com mais tranquilidade. Ainda mais quando Sandry ou Jobson estão em campo e colaboram na marcação. Quando Lucas Braga joga, já muda um pouco, pois viram 4 atacantes (Lucas, Soteldo, Marinho e o centroavante, Kaio Jorge). Sem a bola, apenas kaio Jorge fica mais enfiado.
Já no verdão, Rony, Scarpa, Breno Lopes ou pelo menos, um deles que estiver aberto, costuma se aproximar mais de Luiz Adriano. Sem precisar marcar tanto o lateral adversário. Enquanto Gustavo Scarpa, costuma ficar um pouco mais fixo pela esquerda, Rony é o que mais se junta ao centroavante. Sem a bola, formam-se duas linhas de quatro.
Por um lado, pode abrir corredor pros laterais ou armadores. Por outro, pode ser melhor evitar o avanço constante. Até por que, Zé Rafael e principalmente, Rafael Veiga, quando entra em campo, costuma atuar mais adiantado. 
Assim como Abel Ferreira, Cuca tem o domínio total do futebol do clube que comanda. Ambos gostam de ter a bola, do jogo vertical, dos ataques em bloco, contra-ataques, compactação. São também agitados na beira do campo... 
São dois dos que estão e podem contribuir - ainda que lentamente, para a melhoria do futebol brasileiro.
A diferença é que o português, de Penafiel, tem 42 anos de idade e é técnico profissional há, apenas, 4 anos. Começou no Braga, de Portugal, onde havia treinado o time "B" e foi o interino do principal. 
O máximo que conseguiu foi o vice do Campeonato Grego, no PAOK, na temporada 2019/2020. Portanto, não tem nenhuma taça na carreira. 
Já Alexi Stival, é muito mais experiente e, talvez, o técnico brasileiro que mais reúna as características citadas. Sem perder a qualidade. 
O paraense, de 57 anos, começou a carreira de treinador em 98, no Uberlândia, mas foi explodir em 2003, no Goiás. De lá pra cá, passou por várias equipes grandes do futebol tupiniquim. Apesar de alguns insucessos, a grande maioria das passagens foram marcantes. 
Os principais títulos, são: a própria Liberadores, em 2013, com o Atlético Mineiro e o Brasileiro, de 2016, com o oponente do próximo dia 30, Palmeiras. 
Será que se não fossem as suas inseguranças e idiocracias, Cuca, não teria ganho mais troféus e reconhecimento? 
Será que a sua rodagem e experiência acumulada farão a diferença pro Santis ser campeão da Libertadores?
Não sei...

Campeonato Brasileiro Assaí: São Paulo, Inter, Atlético Mineiro, Flamengo, Grêmio e Palmeiras brigam pelo título. 
São Paulo × Inter, fazem um confronto direto, quarta-feira, no Morumbi. Se for derrotado, além de perder a liderança pro concorrente, o tricolor pode derrapar, de vez. Já o colorado, entra embalado, de verdade, na disputa pela ponta da tabela. 
Atlético e Flamengo, estão instáveis. Aliás, o rubro-negro precisa vencer o Goiás, hoje, para permanecer com chances reais na disputa. Se não, além disso, talvez, o Rogério Ceni seja demitido. 
Palmeiras e Grêmio,* que duelaram entre si e empataram na sexta-feira, têm menos chances. Mesmo tendo jogos a menos. 
Na parte de baixo, Botafogo, Coritiba e Goiás, muito dificilmente escaparão da 2° divisão. Bahia, Fortaleza, Vasco e Sport competem pra fugir da 4° vaga e continuarem na 1° divisão. 

Bem-vindo a elite do futebol brasileiro, América Mineiro e Chapeconse! Cuiabá e Juventude, possuem mais chances de completarem os times que sobem. Juventude, que ganhou do Cruzeiro e selou todas as possibilidades da equipe minieira de retornar a Série "A". É uma pena que, em seu ano de centenário, a grande raposa esteja passando por isso. Lamentável! 

Copa do Brasil: *Mais do que "uma prévia da final", o empate entre Grêmio e Palmeiras, na sexta-feira, mostrou que são duas equipes parelhas. Apesar do adiamento, como as finais estão marcadas pra poucos dias após a decisão da Libertadores, o lado físico e, sobretudo, emocional do alviverde pode pesar. Para o bem ou para o mal...

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