A diferença está nos detalhes...


Sob forte calor, a partida estava monótona, arrastada, tensa, até que John repõe uma bola para fora. Cuca, ao pegar a bola e retardar o reinício do jogo, se enrasca com o corrido Marcos Rocha. 
Imediatamente, começa uma confusão entre os jogadores dos 2 times. Neste mesmo instante, o árbitro argentino Patricio Loustau corre pro banco santista e aplica direto o cartão vermelho ao treinador e o amerelo ao lateral palmeirense. Como Patricio foi exageradamente irredutível (bastava o amarelo), nada adiantou Cuca pedir a revisão do VAR... 
Aí, depois de minutos paralisados e já abraçados por torcedores na arquibancada (pelas regras, ele não poderia estar ali...), Alexi Stival viu Rony cruzar e Breno Lopes cabecear fulminantemente no canto esquerdo de John. Implacável, 1×0, aos 52 min do 2° tempo. Gol que premiou o 2° título da Libertadores ao Palmeiras. 
A pelota foi de bastante marcação, sobrando divididas e entradas duras. Porém, praticamente sem nenhuma chance real de gol. 
O verdão, com seu 4-4-2 ou 4-3-1-2 cerrado, começou um pouco mais em cima. No entanto, rapidamente o Santos equilibrou e tentou trocar alguns passes. Só que sem sucesso. 
Aliás, a equipe da Vila misturava o 4-1-4-1 com o 4-2-3-1 ou 4-3-1-2, deixando Kaio Jorge livre e, por vezes, isolado na frente.. Além de anular o adversário, a meta era explorar as costas de Marcos Rocha e Viña, com Soteldo e Marinho (que viria a ser eleito o craque do torneio pela Conmebol). 
Entretanto, além da cabeçada de Gustavo Gómez, a principal chance do 1° tempo foi palmeirense, num chute rasante de Veiga pra fora. Aliás, com Zé Rafael mais próximo de Danilo e Gabriel Menino, Raphael Veiga é quem tinha a incumbência de encostar em Rony e Luiz Adriano. Rony, que, por sinal, se recuperou com a camisa do alviverde e fez uma excelente competição, foi muito bem marcado por Felipe Jonathan e, principalmente, por Pará (quem diria?). 
Inclusive, é importante destacar que as defesas se sobressaíram em relação aos ataques e os meios-de-campo, quase não criaram, vivendo as temíveis ligações diretas. Além de ter sido um jogo muito mais físico do que técnico. 
No meio da 2° etapa, já com Lucas Braga na vaga de Sandry, o peixe criou a principal oportunidade de toda a final: Pituca arriscou da entrada da área, Weverton defendeu feito manchete de vôlei e no rebote, Felipe Jonathan finalizou pra fora. 
Até que Abel Ferreira respondeu com o seu 3° atacante: Breno Lopes e o gol... 
Aliás, quem diria que o jovem técnico português, praticamente inexperiente, viria conquistar logo a Libertadores, como o seu 1° caneco de comandante? 
Quem diria que um atacante dispensado de clubes como Cruzeiro e Athletico Paranaense e cujo, até Novembro, estava com o Juventude (que subiu pra Série "A" na semana passada) na 2° divisão, seria coroado com o tento que garantiria uma taça tão apoteótica? 
Quanto as aglomerações dentro e fora do estádio, ninguém quer se responsabilizar, mas alguém duvidava que isso iria acontecer?
E isso acontece no mundo todo, não é apenas no Brasil, não... 
Por isso, a diferença está nos detalhes, nos nuances, no acaso...

Campeonato Brasileiro: há 2 semanas, escrevi que São Paulo, Inter, Flamengo, Atlético Mineiro, Grêmio e Palmeiras brigariam pelo título. 
O São Paulo, perdeu feio pro Inter e despencou no Campeonato. Se não "ficar ligado", é capaz de não terminar nem no ''G4". Embora, pelo menos, a "Pré" Libertadores deverá pegar. 
O Internacional, por sua vez, além de triturar o tricolor paulista, no Morumbi, superou, de forma suada, o rival grêmio e, ontem, o Red Bull Bragantino. Já são 9 vitórias seguidas da equipe de Abel Braga (um recorde na era de pontos corridos no Brasil), que chegou aos 65 pontos. 
É importante ganhar os 3 próximos duelos, para chegar na penúltima rodada contra o Flamengo, no Maraca, com, pelo menos, 4 pontos de vantagem sobre os cariocas. O rubro-negro, aliás, precisa vencer o Sport, hoje, pra não "perder de vista" os colorados. 
O galo, mesmo na parte de cima da tabela, é muito irregular. O Grêmio, empata tanto, que fica difícil brigar, de verdade, pela taça. Fora, a final da Copa do Brasil, cuja já preocupa o tricolor gaúcho. Aliás, o alviverde, seu adversário da decisão, ainda disputa o Mundial antes... 
Na parte de baixo, Goiás e, principalmente, Coritiba, tentam reagir. Porém, deverão cair junto com o afundado Botafogo. Vasco, Sport, Fortaleza e Bahia, seguem tentando fugir da degola. 

Parabéns a Chapecoense pelo título da Série "B"! É muito bonito ver o Alan Ruschel levantando o troféu e um clube se reerguendo, depois de tragédia tão triste, como a que Chape sofreu, em 2016... 

Copa Sul-Americana: na final argentina da Copa Sul-Americana, o Defensa y Justicia venceu o Lanús, por 3×0. Os gols foram de Frías, Brian Romero e Camacho. Foi o 1° título do ex-ótimo centroavante, Hernán Crespo, como treinador. Foi também o título mais importante da história do Defensa...

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