Mistura de estilos, qualidade e emoção...


A semifinal entre Itália e Espanha mostra o peso de duas camisas históricas e de dois jovens times recém-renovados. A fúria quer o seu 4° título e se isolar como o maior vencedor da Eurocopa. A squadra azurra, o 2° troféu. Os dois mostram também semelhanças e diferenças diante de seus históricos estilos impregnados e com o passado e presente (e até futuro) do futebol moderno. 
Os espanhóis, com "tik taka", alterna através de dribles de jogadores, como: Pedri, Ferran Torres, Sarabia, Daniel Olmo. Ofensivo, sempre foi, mas desde a última geração vencedora, os atacantes não dependem tanto dos cruzamentos laterais (muitos eram feitos erroneamente da intermediária). O que lembrava muito o rígido esquema inglês (cujo parece em avanço também), pela falta de criatividade. 
Inclusive, os armadores não ficam mais tão presos a linha lateral. Quando produzem lances por ali, têm levado perigo a meta adversária. Principalmente, pela esquerda, com o apoio de Alba. O que facilita até para o irregular Morata. 
Aliás, na prancheta é um 4-3-3, mas na prática muda bastante pro 4-1-2-3, 4-4-2, 4-2-2-2, 4-2-3-1. Só que intenso, compacto e em evolução. 
O ponto nevrálgico é o sistema defensivo. Mesmo quando Azpilicueta e Koke guardam mais à posição e Unaí Simón tenha se redimido diante da terrível falha contra a Croácia. 
Já a azurra, permanece tendo uma defesa forte. Além de uma organização e sincronia jamais vista em solo italiano. Inclusive, ofensivamente e inserindo marcação pressão, durante boa parte do tempo. 
Mesmo quando craques decidiam, não havia uma linha de 3 e 2 armadores brilhando, como atualmente. Além de 3 atacantes. Insigne e Immobile, jogam mais do que parecem. Assim, como há outros cujos rendem menos do que são valorizados por vários torcedores, espectadores e mídia. O futebol, como a sociedade, confirma e desmistifica conceitos a cada momento. 
Não ao léu, o time de Roberto Mancini, ao lado da Dinamarca, tem o 2° melhor ataque do torneio, 11 gols (perdem apenas pra equipe de Luis Enrique, 12) e a 2° defesa menos vazada, 2 tentos. 
Por essas qualidades e eficiências, leva um ligeiro favortismo. O que pode não contar muito na hora. Ainda somada, sem o ótimo Spinazzola. Aliás, se a la roja, curiosamente, não conta com nenhum jogador do Real Madrid, o selecionado de Mancine tem 3 brasileiros (obviamente, naturalizados italianos, Tolói, Emerson e Jorginho) entre os 23 convocados. 
Promessa de agudas emoções... 😂☺ 

Outra semifinal: a Inglaterra possuí maiores chances de passar pela Dinamarca e alcançar à final. No entanto, entre múltiplos nuances, o fato desta rejuvenecida equipe ter de resolver em casa, num duelo decisivo e quebrar o jejum de finais e conquistas, desde 66 (que, por sinal, foi em seu território e o único título da sua história, o mundial. Porém, também em seu solo, perdeu a Euro na semifinal, pra Alemanha, nos penâltis), pode ser desfavorável. Gareth Southgate e seus comandados terão de saber lidar com isso...

Copa América: foi importante Tite poupar atletas como Neymar diante do Equador. O Brasil precisa saber atuar com e sem ele. Só que a sua vital barreira ainda é a construção. Quem sabe agora versus o Peru, sem Gabriel Jesus, Paquetá, que entrou muito bem e fez o gol frente ao Chile, não seja escalado, desde o início? Aí, Neymar, poderia atuar mais perto do centroavante, onde rende melhor, deixando Richarlison combater lateral. 
Mesmo com futebol apenas razoável (o gramado feio do Engenhão também atrapalha), a seleção brasileira, em casa, ainda por cima, deverá fazer a final diante da Argentina (apesar de que los hermanos, a princípio, deverão ter mais dificuldades para passar da Colômbia) e é a principal candidata ao caneco... 

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