Sucesso de surfistas, skatistas dão o tom...


Das 46 modalidades olímpicas, 5 são inéditas. Dessa penta, karatê, escalada e beisebol/softbol (mesmo esta já ter participado de Pequim 2008, está sendo tratado como inédito), não têm brasileiros. Fora, Basquete 3×3, considerado mais categoria do que uma modalidade. No surfe, Ítalo Ferreira, ganhou a 1° medalha de ouro do Brasil, nestes Jogos de Tóquio, hoje pela madrugada. Ontem, foi a vez de Rayssa Leal levar a prata, no skate street. E domingo, no mesmo esporte, Kelvin Hoefler, já havia sido prateado. 
São 2 das novas modalidades, em que a cada dia, brotam mais jovens brasileiros habilidosos e com capacidade ímpar de crescimento. Mesmo não medalhistas desta edição, como Gabriel Medina, Adriano de Souza, Letícia Bufoni e Pâmela Rosa. Até por que, certamente, são atletas para mais 1, 2 ciclos olímpicos. Pelo menos... Aliás, dos 5 esportistas brasucas, que até agora subiram no pódio, nenhum, zero têm 30 anos de idade. Todos abaixo. Rayssa, a "fadinha", tão destacada, tem 13, inclusive sendo a menor de idade mais contemporânea a competir e com resultado expressivo. Só que seu colega de pistas e de seleção, Kelvin, tem 27. A mesma do potiguar Ítalo. Daniel Cargnin, bronze nos 66 kg do judô e Fernando Scheffer, também 3° colocado, mas nos 200m livre da natação, são um pouco menos velhinhos: 23. O que mostra a importância da renovação...
Na verdade, o Brasil, diante da 6° maior população (pelo IBGE, mais de 212 milhões de habitantes) e apesar das enormes desigualdades sociais, com uma das pungentes e delicadas economias do mundo, deveria um lastro olímpico. Assim como EUA e China, que se desenvolveram e, hoje, são. 
A contusão de Pâmela e a prancha quebrada de Ferreira, mostram que vontade não míngua. Falta um serviço mais afinco, aprofundado e independente por meio de gestores e governantes. 
O povo e a mídia, inteligentemente, deveriam cobrar e fiscalizar mais isso das autoridades. A imprensa também deveria colaborar na propagação de outras modalidades. Ao mesmo tempo, o apoio de gestores e imprensa poderá alavancar os patrocínios individuais e coletivos de atletas iniciantes no país. E não somente em época de Jogos Olímpicos. 
O Brasil não é apenas futebol (e masculino), com raros espasmos de outros segmentos esportivos. Talentos demandam ser lapidados, não exilados. 
As glórias do judô, da natação e, sobretudo, do surfe e skate, além de ampliar o quadro brasileiro, dão o tom pra isso...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Picanha incomestível...

Dificuldade esperada...

Semelhanças e contrates...