Valeu pelo Messi!


Após 28 anos, a seleção principal da Argentina, finalmente, foi campeã. Agora, ao lado do Uruguai, com 15 títulos, são os maiores vencedores da Copa América. É a 1° vez que o Brasil deixa de ganhar este certame em casa.
Na vitória de 1×0, Messi não atuou bem (aliás, quem atuou?), inclusive, perdendo um gol não costumeiro, em sua belíssima carreira. Porém, merecidamente, aos 34 anos, alcançou a glória de seu selecionado. 
Por morar na Catalunha, desde os 13 anos e não conseguir repetir o fabuloso desempenho que o consagrou no Barcelona, além da habitual timidez e outros detalhes, muitas vezes, foi apelidado, injustamente, de "espanhol", por vários argentinos. 
Mesmo, erroneamente, não cantando o hino hermano, se esquecem que muitas dessas vezes, ele se doa ao máximo para equipes mau treinadas e jogadores, em sua boa parte, bem abaixo de seu enorme talento. 
Isso, sem falar da AFA, bastante bagunçada e até corrupta. Completamente diferente do clube blaugrano, onde foi eleito 6 vezes o melhor do mundo. 
Dos 4 vices anteriores, a melhor seleção cuja Messi havia conseguido jogar, era a da Copa de 2014. Aliás, na terça-feira, completam exatos 7 anos da derrota pra Alemanha, que foi no mesmo Maracanã, do palco da decisão de ontem. 
Apesar do sistema bastante defensivo, a equipe de Alejandro Sabella (infelizmente, morto no ano passado) era bem organizada e por detalhes, não ganhou aquela Copa... 
O time de Lionel Scaloni, é bastante modificado em relação ao mundial de 2018, por exemplo. No entanto, há alguns remanescentes, como o próprio Messi, Di María, Agüero, Otamendi, Tagliafico e Armani. Dos 6 citados, apenas o goleiro Armani e o lateral Tagliafico, não estiveram em 2014. 
Assim como o Brasil, o time de Scaloni é muito instável, inconsistente e dependente em demasia dos astros Neymar e Lionel Messi. 
Só que esta Copa América, foi tudo distinto pro gênio argentino: artilheiro com 4 tentos ao lado do colombiano Luis Díaz, ainda serviu 5 assistências e dos 12 gols de los hermanos no torneio, só não participou de 3, como o de ontem. Entretanto, batalhadamente, chegou a redenção diante da camisa albiceleste... 
Embora, fazia tempo que eu não via um Brasil × Argentina, tecnicamente, tão fraco, sem imaginação... 
Em suma, a Argentina montou 2 linhas de 4, para Lautaro Martínez e Messi, na frente. Não vejo Lautaro como o craque que dizem, mas na Inter de Milão ele atua melhor do que jogou ontem e do que tem desempenhado em seu país. 
Tite colocou o Brasil no 4-2-3-1, quase um 4-2-4, na prática. Iniciou pressionando, mas logo a peleja se tornou morna, nervosa, truncada, com várias faltas feias. Na 2° etapa, houve uma aparente melhora, mas Tite, novamente, mexeu mau. 
Aliás, ê hora dele sair? Creio que não. Todavia, precisa repensar suas convocações, escalações e, sobretudo, estratégicas e alterações. Renato Gaúcho acertou ontem com o Flamengo e um estrangeiro (e bom), como Guardiola, seria muito complicado. Ainda mais nesse momento, visando a Copa do Catar. 
Richarlison fez um gol correratamente anulado pela arbitragem e ainda desperdiçou um outro, para a defesa do seguro Emiliano Martínez. Se o chute tivesse sido cruzado e rasante, o atacante poderia ter tido mais sucesso. 
Só que o gol saira aos 21 min do 1° tempo: o bom marcador, De Paul, faz uma ótima virada de bola, cuja Renan Lodi, falha bisonhamente e Di María, em suas costas, a recebe. Livremente, basta encobrir o ótimo Ederson, marcando um lindo tento. 
Foi o único jogo de titular e único gol de Ángel na competição. Atuou bem e ao final, ganhou o prêmio de melhor jogador da decisão. Por que da competição precisa falar quem foi??? 
Pena que Maradona não pôde ver... 

Disputa do 3° lugar: no Mané Garrincha, a Colômbia bateu o Peru por 3×2 e ficou na 3° posição. Yotùn (Peru), Cuadrado (Colômbia) e os destaques, Lapadula (Peru) e Luis Díaz (colombiano e o último, um golaço, no último lance do jogo, praticamente) balançaram as redes. 

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