DNA aroma de ouro...


Com o avô, Preben Schmidt, aos 5 anos de nascença, Torben, da família Grael, logo aprendeu a velejar. Solicito, "boa praça", habilidoso, apaixonado pelo mar e de parentela dinamarquesa abastada, Torben, rapidamente, vira a desenvolver seu enorme talento e ganhar campeonatos importantes. Nacionais e internacionais da vela. 
Ao lado de diferentes parceiros, como o eterno amigo, Marcelo Ferreira, Torben Schmidt Grael, faturou, nada menos do que 5 medalhas olímpicas. Aliás, ele e Robert Scheidt, cujo foi outro expoente a mudar o curso do iatismo brasileiro, são, igualmente, os maiores medalhistas olímpicos do Brasil. Curiosamente, os 2 ouros levados por cada um, foram em Atlanta 96 e Atenas 2004. 
Só que a tradição da família Grael, não poderia estagnar por aí. Então, o irmão mais novo de Torben, o também paulista, outro levado por Preben a montar sua vida no RJ, Lars Schmidt, prosseguiu, basicamente, o mesmo itinerário: venceu torneios importantes e se tornou reconhecido no Brasil e no exterior. 
Disputou 4 Jogos Olímpicos e também, unido a parceiros fundamentais, conquistou o bronze em Seul 88 e Atlanta 96. Larso, como é carinhosamente conhecido, ainda sofreu um gravíssimo acidente de iate, em Vitória, 98. O que lhe obrigou a amputar uma das pernas. 
Lars, ainda ocupou substanciais cargos do esporte na política brasileira e, hoje, tem 57 anos de idade. Torben, tem 61. Aliás, o mais velho dos irmãos, Axel, 63, mesmo sendo paulista como os brothers, é o prefeito de Niterói, município do Rio de Janeiro. Axel, é filiado ao PDT. 
No entanto, falando em Niterói, eis que vem Martine. Filha de Torben, timoneira e também, dotada de bastante habilidade, prester a desenvolver o talento, a carioca logo fez dupla com sua melhor amiga de infância: Kahena Kunze. 
Sem o egocentrismo, até bobo, de outros atletas ou falsidade de outras "estrelas", Martine viu na proeira paulista uma ótima chancela para cair no mar. Aí, junto com a amiga, abruptamente se inseriu em competições de alto porte. 
O que custou vários títulos, incluindo a Olimpíada do Rio, em 2016. Portanto, o bicampeonato na Classe 49er FX, em Tóquio, não foi nenhuma novidade, na vida destas ainda jovens potências. 
Agora, Martine e Kahena, entraram pro restrito grupo de 9 atletas brasucas a serem campeões olímpicos, em duas edições seguidas. Os outros brasileiros, são: Adhemar Ferreira da Silva, do atletismo e pelo vôlei, Sheilla, Jaqueline, Fabi, Fabiana, Paula Pequeno e Thaísa. 
Além disso, foi o 19° símbolo do iatismo: 8 ouros, 3 pratas e 8 bronzes. É a modalidade que mais deu ouros na cronologia olímpica do Brasil. Só o clã Grael, galgou 9 pódios. Nunca na história do esporte brasileiro e mundial houve uma família tão hagemônica quanto a Grael. 
Sempre que surge um filho ou parente de um esportista bem sucedido ou de uma "estrela", logo são criadas comparações. Não ouso equiparar Martine ao seu pai, Torben ou ao seu tio, Lars. Porém, fica evidente que, no mínimo, há um DNA aroma, cheiro de ouro. 
O que mostra a importância de se reconhecer o passado e o mérito do presente. Sem isso, não há futuro...

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