Será que o Zé Roberto não merece uma estátua?


Hoje, por 3 sets a 0 (triplo 25/16), o Brasil bateu a Coreia do Sul e avançou a final olímpica do vôlei feminino. Contra os EUA, tentará a sua 3° conquista. O time tem um elenco excepcional e o técnico, José Roberto Guimarães, é um dos principais personagens dessas Olimpíadas. 
Zé Roberto, é o único brasileiro a atingir 3 ouros olímpicos. Nem o também excepcional, Bernardinho, obteve esse feito. 
Zé, já era um ótimo levantador e bastante estudioso, quando atuava. Só que como técnico, as suas exigências e detalhes aumentaram. Porém, de forma pacífica e acolhedora, sempre conquistou os grupos aonde trabalhou. 
Daí, sua capacidade técnica e tática, pôde chegar e permanecer no topo. Mais do que como jogador. São quase 3 décadas de sucesso praticamente absoluto. 
O que gerou um dos itens, para levar vários clubes brasileiros e do exterior a títulos consagradores. Fora, as seleções brasileiras. Tanto no masculino quanto no feminino. 
Aliás, nem mesmo fracassos, como o da Rio 2016 e, principalmente, o famoso 24/19, de Atenas 2004, quando tomou a virada pra Rússia e não pegou nem o bronze, o fizeram perder a aura. 
Os Jogos de Tóquio, é o 8° na vida deste paulista de Quintana. Todos como treinador. 
O 1° ouro, veio em Barcelona 92, sob o comando da seleção masculina, com a chamada "geração de prata". O nome originou-se, por causa do 2° lugar nos Jogos de Los Angeles 84, cujo transformou o vôlei brasileiro. O técnico era Bebeto de Freitas, que anos depois, vira a passar o bastão ao próprio Zé. Aliás, mesmo bem distante do futebol, hoje, o voleibol é, disparado, o 2° esporte mais popular do país.
Embora, alternando clubes (aonde, não só treinou, mas já chegou até a patrocinar e em 96, foi gerente de futebol do Corinthians), Zé Roberto, assumiu a seleção feminina em 93. Se recuperando do trauma de Atenas, ergueu o ouro em Pequim 2008 e repetiu a façanha, 4 anos depois, em Londres. 
Não sou a favor de endeusar ninguém, nem hipervalorizar técnicos. O único perfeito é Deus! No entanto, contudo, hoje em dia, se idolatra indivíduos, por qualquer bobagem. 
Então, será que, José Roberto Lages Guimarães (cujo, inclusive, chegou até a anunciar aposentadoria da seleção brasileira, mas depois repensou e com o adiamento dos Jogos de Tóquio, desistiu da ideia), não merece uma estátua? Pelo menos, mais gratificado, valorizado deveria ser. Por tudo que prestou ao vôlei e esporte brasileiro. 
Independentemente, da partida da madrugada de amanhã pro domingo.
Tomara que pra isso não precise percorrer o caminho Santiago de Compostela...

Doping: a notícia que chocou a todos em Tóquio, de ontem pra hoje, foi a retirada da Tandara, por suposto doping. Segundo a Autoridade Brasileira de Controle e Dopagem (ABCD), braço direito da Wada (Agência Mundial de Antidopagem), na América do Sul, o motivo teria sido uma substância Ostarina. Ostarina, é uma espécie de "hormônio masculino", feito pra melhorar o estado físico.
A verificação foi feita no dia 7 de Julho, no CT da seleção, em Saquarema, RJ.
Claro que atualmente, com as técnicas e tecnologias, o rigor dos exames é bem maior. Todavia, precisa-se esclarecer o que é doping e o que não é. Tanto das drogas e proporções na saúde do próprio atleta quanto no sentido de melhorar a performance e obter vantagens desonestas, em relação aos concorrentes. 
Nem tudo o que parece, é, já diriam famosos poetas. A oposta titular, que já nem atuou hoje (foi substituída por Rosamaria), embarcou de volta pro Brasil, pra se defender e ainda ter direito a sua medalha: ouro ou prata. 
Que tudo seja resolvido da melhor forma possível... 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Picanha incomestível...

Dificuldade esperada...

Semelhanças e contrates...