Há de se celebrar, mas e a acessibilidade?


Com 96 ouros e 207 no total, a China foi a "campeã" do quadro de medalhas das Paralimpíadas de Tóquio. Grã Bretanha, EUA, Comitê Olímpico Russo o seguiram no ranking. Com um ouro a mais do que em Londres 2012 (22 contra 21) e 72 medalhas no geral, o Brasil atingiu a 7° posição. Foi a sua melhor campanha da história. 
O nadador, Daniel Dias, ganhou 3 bronzes e com 27 medalhas, é o maior medalhista paralímpico brasileiro da história. Daniel, que se aposentou dos Jogos como porta-bandeira do Brasil na festa de encerramento, agora fará parte do time notável de ex-atletas, que lutam pela melhoria dos esportes paralímpicos. No Brasil e no mundo.
Melhoria, que antes de tudo, deveria acontecer no Brasil, para os deficientes. Segundo o IBGE, 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de "deficiência". O que corresponde q quase 25% da população brasileira. A grande maioria deles, com debilidade física. 
Diante de cidades mau planejadas ou mau urbanizadas, faltam, rampas de acessibilidade pra cadeirantes. Inúmeras calçadas, são esburacadas ou com desníveis absurdos, pra quem tem dificuldade de locomoção. A ausência de piso tátil e até de guias, é ainda um problema lamentável, pros cegos. 
Cito o exemplo de onde moro: Brasília, plena capital do país, cuja têm esses e outros paradigmas. Entre as quadras 100 e 200, das Asas Sul e Norte, existem as chamadas passagens subterrâneas. Foram montadas, justamente, para dar mais segurança ao pedestre. Afim de que não enfrente os veículos, na travessia das avenidas (de Eixos). No entanto, essas passagens vivem escuras, imundas pros não deficientes. Só que pros deficientes, as rampas foram, incrivelmente, mau feitas e sem corrimão, estão inacessíveis. 
Então, há de se celebrar, sim, a superação dos ditos "deficientes" e o ótimo e brioso desempenho dos brasilieiros nos Jogos Paralímpicos. Entretanto, temos de cobrar as autoridades melhores condições de circulação pros deficientes. Não importa se físicos ou mentais. 
Isso seria uma maneira (e das melhores) de inclusão e diversidade, que tanto enchem o lábio pra vociferar. Aliás, a midia brasileira deveria melhorar a acessibilidade pra surdos e mudos, na programação dos veículos de comunicação. A TV Brasil, por exemplo, têm intérpretes de libras que traduzem o conteúdo pra esses deficientes auditivos. As outras empresas podem seguir esse mesmo caminho. Assim como ocorre nos países que foram os primeiros colocados das "Para". Apesar das doloros restrições na Rússia (socialismo) e, principalmente, na China (comunismo). 
Porém, o Brasil quer, realmente, realizar uma inclusão verdadeira e eficaz???

Vexame histórico e lastimável: a interrupção de Brasil × Argentina, foi um vexame histórico, lastimável e que só macula (pra variar) a imagem da América do Sul, diante do mundo. Parabéns a Anvisa por parar o jogo. Se ela e a PF demoraram, é outra história. 
Agora, com as informações vindo à tona, está, cada vez mais claro, que os 4 jogadores argentinos mentiram no passaporte, ao chegarem no Brasil. Se confirmado isso, deveriam ser duramente punidos. Presos ou no mínimo, deportados. 
É como o Zé Elias, bem lembrou, ontem, no BB Debate, da Espn Brasil: isso é também uma questão de honestidade e varia de pessoa pra pessoa. Se um brasileiro, cidadão comum viaja pro exterior e mente no passaporte ou tenta furar as regras do país vigente, vai preso na hora. Por que os jogadores argentinos não podem ser detidos ou punidos? 

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