Verdão mostra a sua força...


Bruno e Henrique e Gabigol (eleito o melhor jogador da competição, pela Conmebol). De Arrascaeta e Éverton Ribeiro. Adicionadas as infiltrações de Andreas, pelo meio e Isla e Filipe Luís, pelos flancos. Toque de bola refinado, movimentação constante, articulada e surpreendente, de forma agrupada, volumosa e avançada. De que maneira parar um time tecnicamente melhor, como o Flamengo, de Renato Gaúcho? 
Acertadamente, Abel Ferreira, estudou como o Athletico Paranaense tirou os cariocas da Copa do Brasil. Assim como o Inter goleou os rubro-negros, no Maracanã. Ferreira, também deve ter sido minucioso no VT da final da Libertadores de 2019, onde o River, em grande parte do tempo, anulou a equipe então comandada por Jorge Jesus. 
Claro que um têm suas diferenças e isso não pode ser negado. Porém, o plano tático da decisão no Centenário, em Montevidéu, começou a ser traçado a cerca de 40 dias. 
Como bem lembrou o excepcional PVC, no site da Globo Esporte, quando Abel trocou o posicionamento de Gustavo Gómez e Luan, na zaga. Aliás, uma das artimanhas montadas era explorar as costas de Filipe Luís. E foi assim que saiu o 1° gol do Palmeiras, aos 4 min: ótimo Gómez lançou Mayke (que foi muito bem no lugar do suspenso Marcos Rocha), que rolou para Raphael Veiga balançar as redes de Diego Alves: 1×0, alviverde. 
O instável Luan (sobretudo, em duelos decisivos), com a ajuda de Piquerez, cujo na maior parte do jogo, foi um 3° zagueiro, também foi muito bem. A "surpresa", Scarpa, também contribuiu no lado esquerdo, fechando o espaço Isla e Éverton. 
Aliás, com Everton plantado na direita e Arrascaeta, não estando 100% ainda, o Flamengo ficou muito lento no toque de bola. Ainda mais com Bruno e Gabi encaixotados na marcação e caindo na provocação dos palmeirenses, reclamando toda a hora da arbitragem. Especialmente, na 1° etapa. 
Mas, não era só a defesa palmeirense que marcava bem, não. O meio-campo, idem: Danilo, Zé Rafael, além do próprio Veiga, funcionaram muito bem, estrategicamente. Até o atacante Dudu, fechou direitinho o corredor esquerdo carioca, formando uma linha de 5 alviverdes. Só Rony, atuou mais projetado a frente... 
Essa é sempre a melhor estratégia, pra superar um time mais técnico e habilidoso? Não, necessariamente. 
A 2° etapa mostra isso. O clube da Gávea, mais calmo e confiante, melhorou. Enquanto o Palmeiras, foi ficando, cada vez, não só recuado, mas retrancado... Até que aos 26 min, numa excelente trama de Gabigol, cuja Arrascaeta recebeu, ajeitou e o devolveu com capricho, pro camisa 9 empatar: 1×1. 
Importante frisar que o Flamengo já estava com gás novo, diante das entradas de Mateusinho e, principalmente, Michael. Michael, inclusive, quase virou, num chute cruzado, rente a meta de Weverton. Enquanto o verdão, perdia quase todo o seu meio-campo, contundido, com cãibras. 
Só que chegou a prorrogação e aos 4 min, o também cansado e meio-campista, Andreas, vacilou feio. Aí, o centroavante, Deyverson, acreditou e aproveitou pra fazer o tento decisivo. O gol que vira a ser o do consagrador triunfo. O Flamengo pressionou ainda mais, mas o Palmeiras soube segurar e, merecidamente, levou a sua 3° Libertadores. 
Mostrou a sua força. Parabéns! E se tivesse um domínio da bola e das ações maior, seria ainda melhor. Principalmente, com um centroavante incorporado. Isso fez falta, por exemplo, no Campeonato Brasileiro. Apesar da ótima campanha, poderia estar disputando mais diretamente o título com o Atlético Mineiro e com o próprio Flamengo. São vários nuances...
Agora, com Leila Pereira, que assumirá a presidência em Dezembro, se prepara pro Mundial. O Mundial será em Fevereiro, em Abu Dhabi, Emirados Árabes e tentará acabar o incomodo de nunca ter sido campeão. Mas, antes precisa definir se Abel continua. Assim como o capitão Felipe Melo, cujo na decisão só entrou no fim da prorrogação. Além de possíveis e, certamente, caros  reforços. 
Já o Flamengo, precisa se rearrumar dentro e fora de campo. Contudo, não creio que saída do Renato seja a melhor estrada, não. Mesmo ele ter demorado pra mexer, na final de sábado e essa despedida ter sido sacramentada, hoje... 

Copa Sul-Americana: no mesmo Centenário, houve outra final brasileira. O Athletico Paranaense bateu o Red Bull Bragantino, por 1×0 e levantou a sua 2° Sul-Americana. O gol foi anotado pelo atacante Nikão, aos 28 min de jogo, num lindo voleio, por sinal. O Athletico é treinado por Alberto Valentim... 

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