Para acabar com a dinastia do inglês...

Foto: Hamad I Mohammed/Reuters

Em 2015, pouco antes de completar 18 anos, o menino Max, estreia na Fórmula 1. Escuderia: a francesa Toro Rosso (hoje, chama-se Alpha Tauri). No ano seguinte, já pela austríaca Red Bull, o belga - sim, poucos sabem, mas Max é da cidade de Hasselt, Bélgica (apesar da enorme identificação holandesa, que o credenciou a correr), venceu o seu 1° GP: o da Espanha, na Catalunha. O que o carimbou de vez, como jovem de futuro brilhante, no "circo" da F1. 

De lá até o início de 2021, somou outras 9 vezes, no lugar mais alto do pódio. Só que para o belga/holandês se firmar de vez no circuito, precisava brigar e pra valer, pelo título da categoria. Pra isso, encarar o já consagrado e embalado Lewis Hamilton. O inglês, dono de uma mega potente Mercedes, cuja trabalha com uma simbiose absurda pra ele, vinha com 7 títulos Mundiais. 4, seguidos. E apesar da pré-temporada equilibrada, muitos o apontavam, mais uma vez, como favorito. 

No entanto, esta era a temporada do ainda jovem, Max Emilian, demonstrar a que mesmo foi fazer na principal categoria do automobilismo. A competir, de fato. Ainda mais, com todas as atenções da crescente Red Bull Racing voltadas para si. Muito mais do que em 2016, época de seu começo na equipe. 

Daí, o holandês, com bravura, firmeza e, principalmente, talento, pôde despender todo o seu talento. Assim como a RBR, enfim, disputar, pra valer, o Mundial de construtores, com a britânica Mercedes. Ponto a ponto. Corrida a corrida. 

Então, Max, contanto também com uma aerodinâmica ultraveloz, conseguira 9 vitória, neste 2021. Fora, o número maior de poles, de voltas mais rápidas e, finalmente, a tão sonhada liderança no Campeonato. 

Só que o consagrado Lewis, não podia se deixar dar por vencido. Então, os triunfos em São Paulo (aliás, que bela homenagem feita ao Senna), Catar e Arábia, simplesmente, igualaram o Mundial. Parecia que o britânico iria virar e ganhar o seu 8° Mundial, passando a ser o recordista de conquistas. 

Aliás, desde 74, o Campeonato não chegava ao último Grande Prêmio, com 2 pilotos empatados na dianteira. Na época, Emerson Fittipaldi, se deu melhor sobre o suiço Regazzoni e levou um dos 3 títulos Mundiais. Será que 2021, além de voltar a ser valorizado em TV aberta (Band), foi a melhor temporada de todos os tempos?

Aliás, último GP, Abu Dhabi, Emirados Árabes: Max, larga na frente. Porem, ainda na largada, Hamilton o ultrapassa e assume a ponta. Chega a abrir quase 20s do rival e mantém a dianteria, em 57 das 58 voltas, do circuito de Yas Marina. Até que na última volta... 

Mas, antes, é preciso destacar, também, o trabalho do companheiro de Max, o mexicano Pérez: enquanto esteve na pista, Sergio dificultou o retorno de Hamilton a liderança do GP, após a ida do inglês aos boxes. Mesmo não dando o caneco de construtores a Red. Com o 6° lugar de Valtteri Bottas, o caneco ficou a Mercedes. E claro, além da batida de Latifi, na reta final. O trouxe o safety car (carro reserva). Se não fossem esses 2 fatores, muito provavelmente, o holandês não teria chances de se aproximar da ponta...

Aí, vem a última volta e uma manobra épica, em cima de Lewis Hamilton e Max Verstappen, é o novo campeão Mundial de Fórmula 1. 

De nada, adiantou os recursos da Mercedes, pós corrida, na FIA. Embora, Hamilton, seja um grande piloto e possa voltar a ser campeão, o título do Verstappen está em ótimas mãos. A "ironia do destino" é que o inglês ganhou o seu 1° título em 2008, na última volta, da derradeira corrida, de Interlagos. O algoz foi Felipe Massa. Agora, Verstappen, o superou, justamente, na última volta. Pelo menos, interrompe a dinastia do ótimo piloto inglês...

Pra emocionar e orgulhar qualquer família (filho da mãe belga, Sophie-Marie e pai holandês, Jos Verstappen) e qualquer nação (como a Holanda)...

Homenagem: foram belas as homenagens prestadas a Frank Williams, morto recentemente. Frank, foi o fundador da Williams e obteve vários triunfos e títulos. Especialmente, nas décadas de 80 e 90.