É por aí...

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Apesar dos enfadonhos estaduais (atualmente, serve praticamente só pra enriquecer as Federações, em favor da eleição na CBF) e dá má organização do futebol brasileiro (atrapalhando a pré-temporada, por exemplo), Atlético Mineiro e Flamengo, ontem, fizeram um jogão. Mesmo, também, com as falhas na relva da Arena Pantanal e com os pesados preços dos ingressos.
Na Europa, há décadas, já é consolidada a abertura da temporada com a decisão das Supercopas nacionais e europeia. No Brasil, só voltou a ocorrer em 2020, com o próprio Flamengo se tornando campeão. Dose repetida no ano passado. 
Melhor do que imitar a Europa, seria uma visão independente, séria, sem vícios e de futuro. Seria uma baita contribuição dos dirigentes, em pró da transparência, decência, identidade e ordem do futebol brasileiro. Certamente, o futebol tupiniquim, agradeceria. O espetáculo cresceria, dentro e fora das quatro linhas. Vide a excelente repercussão da final deste domingo. 
Apesar de início de ano e, portanto, com as duas equipes, ainda fora do auge físico, foi uma partida de alto volume. Mesmo ainda diante do calor úmido de Cuiabá. Tanto que houve parada para a hidratação nos 2 tempos. Somada a técnica, velocidade, entrega e sinergia, ambas dominaram o jogo. De forma alternada. 
Não a toa, Nacho e Rulk, fizeram os gols do alvinegro, e Gabigol e Bruno Henrique, anotaram para o rubro-negro. 2 a 2. Levando assim, o confronto para os eletrizantes penâltis. Após 24 cobranças, Everson, incrivelmente, catou 3 e os mineiros levaram a melhor: 8 a 7. 
Com os jogadores sendo quase os mesmos de 2021, melhor pro time de Mohamed. "El turco", pelo menos, neste começo de temporada, quase não alterou a maneira da encaixada, vibrante e vitoriosa maneira de Cuca jogar. Já Paulo Sousa, cujo também recém-chegou ao Brasil, mesmo com a maioria dos atletas juntos, até há mais tempo do que no Atlético, já fez mais mexidas. Principalmente, na maneira coletiva do time da gávea. A principal é Filipe Luís, passando a ser mais um beque pela esquerda, transformando o time no 3 zagueiros. E Éverton Ribeiro, além de mudar de setor, muitas vezes, recuando pra ser um ala esquerdo. Com isso, Arrascaeta, sair do meio, pra cair mais pela direita. Mais do que em anos anteriores, onde aparecia e rendia, preferencialmente, quando deslocado pra esquerda. Se irá dar certo essas modificações, apenas o tempo e a execução delas, vão mostrar. A ideia é boa, mas para isso, também é inegável um olhar decorrente e circunstancial. 
Se o Atlético Mineiro está de parabéns por ser o supercampeão e o Flamengo merece os cumprimentos pelo duelo, é por aí que deveria caminhar o futebol brasileiro...

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