Será o ápice do futebol?

Foto: Javier Soriano/AFP

Viradas improváveis, épicas. Partidas espetaculares, empolgantes. Duelos tocantes, arrepiantes. Multiplicada a elevadíssima qualidade técnica e física, mais a carga emocional da preparação e envolvimento com a pelota, em si. Tudo isso, de forma individual e o conjunto. 
Jogadores de todas as posições, muitas vezes, fazendo mais de uma função e posição. Num mesmo jogo. Defendendo e atacando, das mais variadas formas e setores do gramado, e com intensidade. Apesar da importância de encontrar o seu espaço no gramado, pra render o melhor, como frisa o Tostão. Fugindo e de forma natural (não por demagoga desobediência) do que foi ensaiado e repetido a exaustão, por treinadores. 
Treinadores esses que, por sua vez, estão cada vez mais preparados e com milhões de informações, a contento. O que também contribui pra alternar a cada rodada e no mesmo confronto, escalações, esquemas e/ou maneiras de atuar. De suas equipes, mas também em virtude dos adversários e de acordo com o momento. Embora, haja os mais cautelosos, pragmáticos, como Unai Emery e Ancelotti, Abel Ferreira, Carille e alguns poucos outros mais ousados, sonhadores: Guardiola, Jürgen Klopp, Diniz, Jorge Jesus. Mesmo que misturados, cada um à sua maneira e nível. Inclusive, de "gestão de vestiário". O que é importante, também. 
Isso, sem falar nos CTs, cada dia, mais moderno e luxuoso. Departamentos físico, fisiológico, nutricional e talvez, até o psicológico (disponível, especialmente, na Europa), cada instante, mais capacitado. Fora, ainda, as agora famosas "análises de desempenho" e outros "ingredientes". Adicionada a bastante tecnologia, ciência e dados minuciosos. 
O que pode levar a reflexão, de que se todo esse aparato for em demasia, não perderá sentido e importância? Ainda que "só um pouco"? Será que os importantes, valorizados e preciosos olheiros, espalhados pelo mundo, desde as categorias de base (principalmente, pelos principais clubes europeus), será que eles conseguem olhar os jogos? De tantos detalhes são apurados? 
E, sem falar nas belíssimas festas das torcidas. Aliás, batalhas inacreditáveis, já aconteceram na trajetória dos campos brasileiros e europeus. Inclusive, não, necessariamente, são em jogos de muito potencial técnico e com vários gols. Vide, as classificações dos bons times do Eintracht Frankfurt e Rangers, pra final da Liga Europa. As duas torcidas, fizeram lindíssimas festas. 
Mas, o que houve no Santiago Bernabéu, foi de "parar o mundo", mesmo. Com o Manchester City classificado até os 45 min do SEGUNDO TEMPO e o brasileiro Rodrygo, virando o jogo, com 2 gols nos acréscimos (se tivesse só empatado, não bastaria, porque o City estava vencendo), não tem outra palavra: EXUBERANTE, ICÔNICO, SURREAL!!! 
Não a toa, que a torcida, em muitos momentos conhecida por ser mais silenciosa, ainda explodiu no tento, de penâlti, anotado por Benzema, na prorrogação. Fora, os 4×3, dos citizens, de Pepe Guardiola, em outra batida histórica, na ida. Então, não lembro de ter visto um duelo tão chamativo, quanto esse. Incrível! 
Agora, os merengues, comandados por Carlo Ancelotti, enfrenta o Liverpool, na decisão, dia 28, em Paris. Todavia, as semifinais, também foram longe de serem fáceis, pros reds: depois do domínio, mas paredão e vitória, por 2×0, no Anfield, teve de aguentar o caldeirão de La Cerámica. Saiu pro intervalo, perdendo, pelos mesmos 2×0, para a boa equipe do Villarreal. Só na segunda etapa, os pupilos de Emery sentiram o amplo desgaste do primeiro tempo. Aí, bastou o time de Klopp, com mais poderio técnico, tocar a bola e articular as jogadas, para: Fabinho, Luis Díaz (que entrou muito bem, na etapa final) e Mané virarem o placar. Sendo que em, pelo menos, dois tentos, o goleiro argentino Gulli, falhou feio. Especialmente, claro, na saída da meta, no de Sadio Mané. 
Quem será o campeão da Champions? O Liverpool está mais sólido. Porém, tudo é incerto! A única certeza, é que o vencedor será um clube tradional. Já que os ingleses, faturaram 6 títulos e os madrilhenos, são os maiores ganhadores da Liga: 13 canecos. 😂😬😇
Claro que as agremiações com mais dinheiro, infraestrutura e até tradição, tendem a ter jogadores com maior grau técnico, treinadores de renome ou com opções de fazer times mais atrativos. Além de que, quando o conjunto é melhor e mais bem organizado, a qualidade individual tende a se sobressair. Portanto, os europeus, da Champions League, tem mais chances de fazer jogos enigmáticos e fascinantes. Ainda mais, que eles, não são, somente, a nata do futebol, mas também do espetáculo e organização moderna. Ou seja, fora de campo, idem. Aliás, é de fora pra dentro das 4 linhas. Incluindo, logicamente, o marketing, a publicidade. Mesmo com equívocos dos dirigentes e políticos, também.  
Pelé, considerado o maior jogador de todos os tempos, não joga mais, há tempos. Porém, será que não vivemos o ápice do futebol moderno? Mesmo tendo mais técnica, físico, científico e estratégico do que habilidade e improvisação ou criatividade? Lembrando, que este ano é de Copa do Mundo...😂😬😇

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