A batalha histórica pelo "tri"...

Foto: Fifa.

Argentina e França se impuseram sobre Croácia e Marrocos. Aliás, croatas e marroquinos devem realizar uma honrosa, boa e interessante concorrência pelo 3° posto. Por sinal, ambas se enfretaram na estreia do grupo "F" e empatam sem gols. Como estavam dentre as principais badaladas, não foi nada de anormal franceses e argentinos chegarem a decisão.

A novidade, é que as duas brigam pela 3° estrela, via Copa do Mundo. Nos primeiros posts que fiz sobre a Copa de 22, passiei um pouco em relação a escola futebolística de alguns países e, consequentemente, suas seleções. 

Os argentinos "puxaram" o "carnaval brasileiro". Contando a ofensividade, habilidade, fantasia. Por outra via, o jeito posicional do colonizador espanhol. Muitas vezes, um "quadrado" no meio-campo. 2 volantes marcando firme ou até viril e 2 meias clássicos. Abertos pelas beiradas, tendo toque cadenciado. Dependendo, entrava um 3° zagueiro ou um 3° atacante. 

Como um touro, que melódica e fortemente, não tem medo de espetar o momento exato de definir. Mesmo que esteja ou pareça em "maus lençóis". Estilo o simples, técnico e preciso de Di Stéfano (que também jogou pela seleção espanhola) e Kempes. Kempes, considerado o principal astro de 78, no 1° título Mundial da albiceleste. Ou, do tão enervado, Maradona (falecido em 2020), em 86, na 2° estrela. Seria como um tango, a espera de um compasso, pra "esquentar"? 

Já les bleus, "pegaram o bonde das outras seleções" e inseriram "seus toques". Inclusive, agregando vários jogadores de população africana. Devida a proximidade e contexto histórico. Seria como uma luz na imigração, após sangrentas guerras e a iluminada Revolução Francesa? Ou, quem sabe, o lado belo de Paris, com "um mundo que cabe dentro da gigante Torre Eiffel"? 

A sua 1° geração reconhecida, foi a do ilustre, Platini, em 86. Mesmo ano do 2° caneco, da seleção de Bilardo, Maradona. Todavia, o 1° troféu francês, da Copa, saiu em 98, liderada pela plasticidade de Zidane. Coincidentemente, igual los hermanos, de Mario Kempes, no ano que sediou o evento. O 2° triunfo francês, veio, exatamente, na última edição, em 2018. 

Orientado por Didier Deschamps (que era capitão em 98), manteve a "espinha dorsal", com Lloris, Varane, Giroud, Griezmann (cujo agora varia entre um meia e um 4° atacante). Sem destacar o ainda jovem, M'Bappé. Mesmo diante de ausências, inclusive dos titulares, Kantê e Pogba, que estavam a 4 anos, está milímetros a frente do adversário, de domingo. Deschamps, andou sendo questionado no atual ciclo (humildemente, com razão) e conseguiu fazer a equipa e se repaginar, no Catar. Até, Olivier Giroud, tem feito gols e não deixado tanto se ressentir de Benzema, eleito o Bola de Ouro, da France Football, neste ano.

Do outro lado, depois da Copa de 2018, o novato e desconhecido, Lionel Scaloni, "pegou a bronca" do bagunçado, tenso, Sampaoli. Devagar, "trouxe pra si o vestiário". Saíram veteranos, como Rojo, Mascherano, Agüero (este nem tanto, mas largou os gramados, por problemas cardíacos), Higuaín e renovou a seleção. 

Mas, as mudanças, não foram somente técnicas, porém táticas e estratégicas, de acordo com o adversário e momento, também. Principalmente, amarrando a defesa e dando toda liberdade, pro gênio, Messi, equacionar lá na frente. Até agora tem dado certo. 

No domingo, entrará com 2 ou 3 zagueiros, por exemplo? Independente disso, deve tentar grudar a final, no meio-campo. Se resistir lá atrás e fazer a bola chegar consistente em Messi (tomara que jogue sem dores), Lloris deverá sujar bastante o uniforme. Di María, se tiver em boas condições, poderá ser crucial. Ainda que não possa atuar os 90 min. 

O mesmo vale pra, Rabiot, no lado francês. Que, provavelmente, apostará na velocidade, habilidade e criatividade dos pontas dianteiros. Tendo, lógico, o talento de Kylian M'Bappé, ao seu redor. Sobretudo, da esquerda pro centro do ataque. Aliás, assim como Dembélé e Griezmann, M'Bappé também contribui na marcação. Embora, menos. Mas, pode puxar um possível contra-ataque. Coisa que os franceses, também, sabem fazer muito bem.

Se pros franceses, tende a ser uma final pitada de correria, pros argentinos, a paciência pode ser um importante remédio. Ainda que com a grande maioria da acalorada torcida, a seu favor, no Lusail. Dos 3 duelos anteriores, entre as duas, em Copas do Mundo, os argentinos ganharam 2. A única vitória dos franceses foi, justamente, em 2018, na Rússia. Eliminaram os argentinos, nas oitavas, num épico 4×3. 

Será que vai ser um jogaço, tanto como aquele? Pode ser. No entanto, uma coisa está garantida: pujança, emoção. Isso, ah, isso não faltará. O mundo parará pra ver... 😇😂😉🙌🌻👀

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Picanha incomestível...

Dificuldade esperada...

Semelhanças e contrates...