Pode ser bom pro Brasil...

Foto: Fifa. 

Holanda e Argentina e Inglaterra contra França, são os mais aguardados das quartas. São os clássicos que o planeta não viu, nas oitavas da Copa do Mundo. Só que quem pode se dar bem, é o Brasil. 

Por estar embalado, após a avalanche diante da Coreia do Sul: ótimo 1° tempo e 4×1. E vai enfrentar uma Croácia, vinda de uma maratona disputa frente ao Japão. Vencendo, apenas, nos penâltis (4×1), com 3 baitas defesas de Livahovic. 

Mesmo assim, tem uma defesa e ataque instável. O seu forte, é o meio, com Brozovic, Perisic e Modric. Todavia, já dar sinais de envelhecimento. Sobretudo, o craque Modric, carregando 37 anos. Kovacic, colega de Modric no Real Madrid, tem jogado bem, mas não é tão elevado, assim.

Então, o Brasil, com sua "casinha" protegida e transição rápida pros pontas, fora a volta de Neymar e seu ritmo de jogo, pode bem. E bem. Apesar de que jamais se descarta o atual vice campeão do mundo, de Dalic. 

O colonizador do território brasileiro, Portugal, é outro que também tem tudo pra se dar bem. Os marroquinos vêm fervorosos. Não só pela inédita classificação as quartas de final e torcida barulhenta e contente, mas a forma como concretizou-se: além do 1° lugar no grupo "F", anulou a Espanha, ontem e é a defesa menos vazada da Copa. A maior "surpresa" do torneio.

Até aqui, o destaque, Bounou, cujo nas oitavas, agarrou 3 penâltis, só levou 1 gol. A equipe de Walid Regragui, costuma fazer 2 linhas de 4 ou a 2° de 5. Quando ataca, explora os pontas, Ziyech ou Boufal. Ambos, fazem um bom Mundial. Aliás, a relação entre Regragui e Ziyech é melhor do que a do antigo técnico, Valid Halilodzic com o jogador do Chelsea. Regragui, que assumiu a seleção praticamente às vésperas da Copa, tem uma relação muito mais harmônica com os atletas. Fora, o porte físico avantajado do centroavante, En-Nesyri, do Sevilla, que consegue segurar a bola na frente. 

Se o Marrocos tem a meta menos vazada, até aqui, Portugal ao lado da Inglaterra possuí o ataque mais positivo. Com os 6×1 de ontem, batendo a suíça, chegou aos 12 gols. Gonçalo Ramos, do Benfica, marcou 3 e poderia ter feito mais. Seria o atacante que a seleçao precisa? É melhor sacar o Cristiano Ronaldo? Melhor após as reclamações e xingamentos de Cristiano, depois de substituído contra a Coreia? Olha que os dois sempre se deram bem, segundo veículos portugueses. 

Depois de desajustada vitória contra Gana e escalando suplentes na derrota diante da Coreia do Sul, mostra evolução. Fernando Santos, acertou em cheio na entrada de William Carvalho. No entanto, o luso-brasileiro, Otávio, também entrou bem. Na proteção do meio e chegando razoavelmente bem na frente. 

Daloy é melhor que Cancelo, na lateral direita e o valorizado trio da "nova geração portuguesa", também tem contribuído. Bernardo Silva, João Félix e Bruno Fernandes, quando inspirados, bagunçam qualquer sistema defensivo. Bernardo, geralmente armando de trás, além de marcar, apoia muito bem o ataque. Félix, saindo da esquerda e Bruno, na direita, não tem posição fincada. Até o esforçado, Raphael Guerreiro e o "velho", Pepe, de 39 anos, estão bem. Os dois balançaram as redes, ontem.

Será que os lusos decepcionarão, como a vizinha Espanha, tirada nos penâltis, contra esse mesmo Marrocos? Ou será que eles apresentarão o mesmo futebol vistoso, das oitavas? Será que estão prontos atingir voos mais altos e serem, pela 1° vez, campeões mundiais?

Pode também se classificar, mesmo sem um bom futebol. Nem mesmo vencer no tempo normal e prorrogação. Só nos penâltis e por tradição. É o peso da vitória e no caso, camisa. Como pode ocorrer com o Brasil, no estádio Cidade da Educação, frente aos croatas. Embora, sempre "atirador sem responsabilidade" vence, passa a ser mais respeitado. Por mídia e torcedores. Exemplos de Marrocos e Croácia. Portugal e Brasil podem tirar lições disso. 

Aliás, por esse motivos e si só, Argentina e Holanda e França versus Inglaterra, já são "pau a pau". Na última coluna, escrevi que se De Yong, Gakpo, Klaassen e Memphis Depay se aproximassem, a Holanda poderia crescer de produção. Não só teve entre os homens de meio e ataque, mas com os alas, também. Tanto que, Dumfries e Blind, fizeram e deram passes pra gols, nos 3×1, eliminando os EUA. Além de não deixar o jovem, Timber, o ótimo, Van Dijk e o crescente, Aké, tão expostos na zaga. Se for desse nível pra cima, ficará bastante difícil pros albicelestes. 

Los hermanos contam, claro, com o brilho de Lionel Messi. Entretanto, se Di María ficar ausente, de novo, pode sofrer e mais ainda. Enzo Fernández, também, deveria atuar mais a frente. Não como meia ou 1° volante. Meio-campista, armando de área a outra, pode ser o diferencial, para Enzo. Mas, Scaloni, acertou em escalar, Julián Álvarez, no lugar de Lautaro. Seria o suficiente pra ajudar Messi a superar a laranja? 

A França, está um pouco mais habituada a chegar nesse tipo de decisão. Por ventura, sinto a Inglaterra mais inteira. Deschamps, deveria orientar Rabiot a rodar o campo todo. Mais do que o setor esquerdo. E não fazer, Griezmann, voltar tanto pra armar. Assim como esclarecer a situação do lateral direito, Pavard. Muito estranho a história da perca da posição do bom jogador, do Bayern de Munique. Contudo, com 4 avantes, parecendo o Brasil, pode (deve) pressionar e M'Bappé, artilheiro com 5 gols, talvez, resolva. Novamente. Ou encontre, Giroud. 

Do outro lado, Kane, tem a facilidade de voltar, enxergar o jogo, distribuir preciosos passes e ainda fazer gols. Excelente. Mas, Southgate, não deveria depender só disso. Todavia, se o english team souber neutralizar le bleus, pode achar brechas mais facilmente. Pra finalizar e superar a meta do ótimo, Lloris. Até por que, não deverá encontrar uma retranca. Ao contrário da partida frente a Senegal, com dificuldades até os 38 min do 1° tempo. Quando Henderson, do Liverpool, abriu o placar, facilitou pra Kane e Saka fecharem a porteira, por 3×0. 

Mas, de qualquer forma, argentinos ou holandeses, ingleses ou os vizinhos franceses, separados "apenas" pelo Canal da Mancha, darão "tchau". Pode ser interessante para Portugal. Talvez, bacana pro Brasil. Mesmo na Copa dos acréscimos e, óbvio, das "zebras". Todavia, com 2 clássicos agora... 😇😀😂

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