Um exemplo de diversidade e inclusão...

Foto: TV Globo.

Até que ponto se chega a comoção pela perca de alguém querido?

E, sobretudo, até onde isso é verdadeiro?

Verdade, com coragem, ousadia, atrevimento e muito bom humor, que sempre esteve em Glória Maria.

Para encarar a infância extremamente pobre, no bairro da Vila Isabel, Rio de Janeiro e adotar 2 meninas pequenas, lindíssimas e acima de tudo, amadas, em Salvador. 

Além de negras, por sinal. 

Assim, como a cor de sua pele e que a caracterizava como mulher. 

Preconceito racial, sexista e social, derrubado como uma muralha da China. 

Pra se tornar uma das pioneiras da TV e fincar na Globo (emissora que, pelo menos, sempre o respeitou e o deu liberdade), por mais de 5 décadas. 

Mas, de tão original, decidida e diversificada, que acabou se enraizando dentro de mais de 100 países. 

Nações, com costumes, dialetos, idiomas, temperaturas e pessoas, muitas vezes, completamente distintas. 

Umas das outras. 

Mesmo em período de alta globalização. 

Todavia, lá estava ela, diante de seu nome, Glória e trabalhando (ou melhor, curtindo) gloriosamente. 

Conversando e pondo o público, em mãos de gente famosa, anônima, atleta, político, religioso. 

E, sempre, com seus "temperos". 

Fortificados de emoção, estilo, exuberância, simplicidade, cultura. 

Além, é claro, de um plural talento e conhecimento. 

Cujo foi se acrescentando de experiências, ao longo das duradouras jornadas.

Transformadas, principalmente, em "reportagens de rua". 

Tão simples quanto complexa definí-la. 

E como jornalista de primeira e esperta que era, sabia falar de si. 

Porém, renegava, mais ainda, a ser notícia. 

Daí, a ser difícil noticiar sua partida dessa vida. 

Hoje, se fala bastante em diversidade e inclusão. 

Que na cerne, ela, Jô Soares, Agnaldo Timóteo, Hebe, Dercy Gonçalves (mesmo em recheados palavrões), Mandela, Muhammad Ali, já representavam, autenticamente, há tempos. 

Mesmo Pelé (que também nos deixou recentemente), cujo não gostava de falar desse tipo de tema, mas era outra voz brasileira aclamada e no exterior. 

Mais do revenciá-los, deveríamos aprender a praticar com eles.

A própria mídia, em vez de idolatrá-los, podia incentivar mais o bom jornalismo, os ótimos e variados exemplos. 

Incluindo interessantes ideias e debates. 

Mesmo que contraditórias. 

Daí, ser uma inspiração pra acompanhá-los, seguí-los. 

Ainda que não sejam perfeitos.

Descanse em paz, Glória Maria Matta da Silva...

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