O imprevisto e a constância...

 Foto: Cris Mattos/Reuters.

O Grêmio, é o vice-campeão dessa "dança maluca", que se transformou o Brasileiro Assaí. Com 2 ou 3 beques. Com 1, 2 ou 3 volantes, a marcação estava bem espaçosa, desajustada. Mas, tendo a vocação ofensiva de Renato e o craque, goleador Suárez, na frente, foram fundamentais. Gabriel Grando, Reinaldo e Villasanti, na medida do possível, fizeram bons papéis ao do uruguaio. Como ganhou mais do que perdeu e empatou, se manteve na parte alta da tabela. Ótima campanha. Ainda mais, pra quem voltou direto da Série "B". Mas, pra Libertadores, sem Suárez e talvez, sem Renato, não será mole... 

Aliás, a triteza é, justamente, a despedida de Suárez. Aproveito pra pincelar, também, as saídas e homenagens de seus clubes ou carreiras, de: Réver (Atlético Mineiro), Filipe Luís e Rodrigo Caio (ambos, Flamengo) e Fábio Santos (Corinthians). Esses, oficiais e cujos tiveram saudações de suas torcidas, dirigentes e até famílias, em seus últimos compromissos, como mandante. Além de Vitor Roque, reverenciado pela torcida do Athletico Paranaense. Se houve exageros ou não foi o momento adequado, é uma conversa. Contudo, foram merecidas as saudações. 

O Atlético Mineiro, 3° colocado, é mais um inconstante. Ainda mais, que trocou de técnico. Com Felipão, demorou 10 jogos para vencer. Porém, a arrancada e melhor campanha do 2° turno, foram fulminantes. Mesmo a sua nova casa, Arena MRV, onde tem ótimo retrospecto (e so perdeu pro Cruzeiro e Coritiba), nem a direção sabia quando estrearia. As 2 linhas de 4 ou os pontas (e laterais, principalmente, Arana) servindo Paulinho e Hulk, foram cruciais. Apesar da goleada sofrida, ontem, pro Bahia.

O Flamengo, 4° posicionado, é outro que cresceu no returno. Obviamente, as mãos de Tite e o ambiente mais ameno, corroboraram. Assim, como as titularizações de Pulgar, Cebolinha e a fixação de Pedro. Deixando Gabigol no banco. Até o rápido, volumoso, mas, às vezes, pouco técnico (como vários jogadores do futebol brasileiro), Luiz Araújo, também, encerrou bem o ano.

Arrascaeta, armando por dentro e a marcação, igualmente, deram sinais de evolução. Apesar das derrotas para Grêmio, Santos, pro próprio Atlético e ontem, pro São Paulo. 

Agora, antes de tudo, assim como no galo, a qualidade do elenco, é o que determinou a subida de produção. Em 2024, pegará algum título e relevante? Condições, há. No entanto, muita calma e trabalho, nessa hora. No futebol e na vida, às vezes, os pergaminhos são mais espinhosos do que aparentam...

Será que a "mistificada" frase por torcedores, "só há coisas que acontecem com o Botafogo", explica o seu 5° lugar no Campeonato? O inexplicável, sobretural, imprevisto ou qualquer outro nome que se queira apelidar, também faz parte do futebol e vida. De líder, disparado e com recorde de pontos no turno, se pegar, apenas, o returno, fez vento de rebaixado. 

Óbvio, que a saída de Luís Castro, deixou rastros. Mas, será que o caneco começou a escorregar, após a derrota (normal) pro Flamengo e a entrega inusitada do cargo do Bruno Laje? Todavia, rodadas depois e o próprio desligamento de Laje, com os jogadores e Lúcio Flávio ditando o ambiente, certamente, custaram o rendimento da equipe alvinegra. 

Tiago Nunes, veio pra dar "tiro no escuro". Porém, as viradas que tomou para Palmeiras e Grêmio, e os empates posteriores, são coisas de muluco. Inacreditável! Fora, a derrota diante do Inter, ontem, em Porto Alegre. 

Até que ponto o time e elenco eram bons, mesmo? Será que o fato de o clube ter se desacostumado a brigar pelo topo nas últimas décadas, deixou torcida, direção (mesmo com a SAF, de John Textor) e jogadores, "não se achando merecedores da glória"? De qualquer forma, pra chamada "pré-Libertadores", precisa de "up". Seja emocional ou via plantel, mesmo. 

Agora, o bicampeão e o 12° troféu do Brasileirão, é o Palmeiras. Se a regularidade não foi a mesma de temporadas anteriores, a constância, ainda é a marca de Abel Ferreira. Apesar dos bastidores (pra variar) mais do que efervescentes, lá pelos lados do alviverde. 

As mexidas forçadas, planejadas ou oportunas, geraram mais uma taça. Portanto, as trocas particulares e de esquema, garantiram a atual hegemonia do futebol no país. Embora, na virada épica, diante do Botafogo, se Weverton, não tivesse pego o penâlti de Tiquinho, o alvinegro faria 4×1. 

Bem possivelmente cravaria o duelo e talvez, o título mesmo. Impressionante como, também, naquela partida, Abel conseguiu restabelecer o alviverde, no intervalo. Voltou para etapa final com o mesmo time. Mudando o posicionamento de jogadores e tática. Passando, principalmente, o zagueiro Gustavo Gómez, pra lateral direita. Deixando Luan e Murilo na zaga, e liberando o ala/lateral Piquerez. Mayke, virava ponta direito, literalmente. Sem querer, mas já dando uma de metido 😂✋será que Lúcio Flávio ainda estar se remoendo com isso? Não gosto do termo "nó tático". Mas estava claro que o inexperiente Lúcio (que deveria ser auxiliar e não despedido), não soube o que fazer, com o espetado em seu campo, no tempo final.

Depois, houve as alterações normais, corriqueiras e ofensivas, de Abel. Ainda mais, considerando, também, a expulsão de Adryelson e o 1 jogador a mais, em campo. Culminando, logicamente na virada histórica, marcante. Fora, claro, a arrancada pro título. Será que a subida de produção e titularização de Endrick (que no confronto do Engenhão, fez 2 preciosos gols, inclusive e ontem, o do título, contra o Cruzeiro), é um indício que vai ser um craque? Muita calma, nessa hora, como diriam os mais sábios... 

Faros da imprevisibilidade. Cujo premiou a linearidade, constância, de um dos melhores times e conjuntos do Brasil: a (SEP), Sociedade Esportiva Palmeiras... 🙌✋🙏😂✨

Seleção do Blog: Weverton, Saravia (Samuel Xavier), Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; André (Fernandinho), Zé Rafael, Veiga e Villasanti; Paulinho (artilheiro do Campeonato) e Suárez (o cara com mais participações em gols, neste Brasileiro). Técnico: Abel Ferreira... 

(Embora, a data de publicação, deste post, esteja aparecendo como 6/12, foi postado em 7/12. Portanto, 1 dia de diferença. Talvez, pelo fato de eu ter salvo em rascunho. Antes de fazer ajustes e ir pro ar. Mesmo que no dia 7/12 eu tenha colocado, como coloquei o post do rebaixamento do Santos. Porém, também, foi, neste dia, que postei o link e chamada deste texto, nas minhas principais redes sociais...)

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