A base pode ser o pilar...

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Neste domingo, Espanha (Eurocopa) e Argentina (Copa América), se sagraram campeões. Aliás, as duas passaram a ser as mais vitoriosas, em seus continentes: 16 troféus, pros argentinos e de forma invicta, na edição deste ano. Já os espanhóis, 4 taças e vencendo todos os jogos da Euro, tambêm de 2024. Inclusive, a excelente anfitriã, Alemanha, cuja era outra que poderia chegar ao 4° caneco, na prorrogação... 

Ao contrário dos empolgados colombianos e que vinha de 28 jogos invictos, o vice da Inglaterra, na Euro, foi mais criticado que elogiado. E com uma certa razão... 

Mais do que os resultados (ou a falta de um título, pós 66), a atuação da equipe, geralmente, não agrada. Mesmo diante da sua melhor geração, em décadas, a seleção de Gareth Southgate parece arrastada, presa a conceitos. Cuja arca uma boa defesa, mas que não consegue explorar, facil ou naturalmente, o pliar ou a coluna de Foden, Saka, Bellingham, Arnold (inexplicavelmente do apenas bom Walker, quando não é escalado no meio-campo), Palmer. Que chegou a empatar a final, em Berlim. 

Mas, mesmo assim, o english team, recuou e não soube "aproveitar o momento"... 

Kane, um dos mais experientes, apesar da praticamente nula aparição no Olímpico, de Berlim, ainda se sobressai. 

Será que esse tempão sem levantar um único troféu, também, não está afetando o emocional da seleção? Se a Colômbia, de Néstor Lorenzo, James Rodrigues (eleito o melhor jogador do torneio sul-americano, mas porque será que não consegue jogar no São Paulo?), Arias, Luis Díaz, está no percurso certo, será que Southgate permanece a frente da seleção inglesa? 

Porém, o que Argentina e Espanha carregam em comum, na taças erguidas? 

A base. 

Se a AFA, historicamente, é como a CBF, uma zona, os ex-jogadores Aimar, Samuel e Ayala blindam bem Lionel Scaloni. Cujo, apesar das constantes alterações, carrega uma solidez, com Dibu Martínez e suas defesas. De Paul, Enzo Fernández, Julián Alvárez ou Lautaro Martínez (autor do gol do título, na prorrogação, em Miami e artilheiro da Copa América, 5 gols). 
 
É um time mais consistente, pegado. Com pitadas de brilho, de Di María (que se despediu da seleção, no Hard Rock Stadium) e, claro, Messi. Que não sabe se continua pra próxima Copa do Mundo, justamente nos Estados Unidos, México e Canadá.

Aliás, o desafio dos hermanos é, justamente, chegar bem e não "baixar a guarda", pro Mundial, daqui a dois anos. Ainda que de maneira subconsciente, parafraseando Freud. Lembrando que os albicelestes são os atuais campeões do mundo e o trabalho de Scaloni iniciou em 2018.Passando pelas conquistas da mesma Copa América, 2021 e a recém-criada, Finalíssima, em 2022.

Cuja fará a decisão diante da própria Espanha, ano que vem.

E quanto a furia, por sinal, sua base é mais das categorias, que puxou Luis de la Fuente pra equipe principal. Pós Copa de 2022, no banco que guardado por Luis Enrique. Em 2023, logo ganhou a Liga das Nações. O que a elevou a predisposição de La Fuente, em angariar os jovens, ao seu selecionado. 

Já era um time de toque de bola envolvente e vistoso. Só que adicionou ao chamado "jogo vertical", com os pontas velozes, habeis e entusiasmados Nico Williams e Lamine Yamal. Ambos, por sinal, participaram no tento de Nico, que abriu o caminho do triunfo, diante da Inglaterra. 

Yamal, recém 17 anos completos, foi um dos 7 comandados de La Fuente, da medalha de prata, de Tóquio, em 2021. Derrotado pelo Brasil, na final olímpica. Unai Simón, outro que estava em Tóquio, mostra que uma defesa, também pode ser fincada e arrumada. 

Ok, Morata é esforçado, obediente na função tática e muito querido pelos companheiros. Isso precisa ser ressaltado, mas se tivesse um centroavante melhor tecnicamente e com jogo mais avançado pelas laterais (apesar dos excelentes pontas, reforço), o time poderia ser ainda melhor. Quando foram efetivos, Carvajal deu uma linda trivela e Cucurella (outro que estava na Olimpíada), saíram os gols, que faturaram o título. Gol último esse de Oyarzabal, mais um que se encontrou em Tóquio. 

Agora, se a base é o pilar e no caso dos espanhóis, é construído no meio-campo, Olmo (mais um que estava no Japão e que substituiu Pedri, outro da Olimpíada, durante a Euro), foi cirúrgico. Na criação, ataque e defesa... 

Todavia, o que Rodri joga, não está no gibi, não! Mesmo ter saído no intervalo da decisão, de domingo, se tem alguém que mereceu o prêmio de melhor jogador da Eurocopa, foi ele mesmo.

Apesar de Yamal ter sido o escolhido entre os mais jovens.Todavia, enquanto o menino ainda pode ser lapidado, Rodri, de 28 anos, vive o auge...

Se os argentinos estão caminhando pra uma equipe mais rodada, a renovação espanhola tende a incomodar, ainda mais, nas próximas competições. Já considerando a próxima Copa do Mundo, onde, provavelmente, buscará a sua 2° conquista Mundial. 

Aliás, esta geração será melhor do que a de 2010, passando pelo bi da Euro, em 2008 e 12, e que tinha Casillas, Puyol, Xavi, Iniesta, treinada por Aragonés (hoje, falecido) e Del Bosque? 

A dos argentinos, talvez, não seja a melhor da história. Entretanto, como frisou o Cosme Rímoli, é a sua mais vitoriosa. Apesar da demora pra ganhar canecos.
 
Hoje, Argentina, Colômbia e Uruguai (por sinal, empatou em 2×2 com Canadá, mas ganhou nos penâltis o 3° lugar, 4×3), são os melhores da América do Sul. 
 
Lamentável os transtornos que atrasaram em mais de 1h20 min o tempo do início da final! 

Mas, mesmo para um país considerado de "primeiro mundo", como os Estados Unidos, isso é tão surpreendente assim?

Talvez, o atentado diabólico que sofreu o ex-presidente e candidato americano, Trump, no dia anterior, mostre que não...

Então, sobre a Euro, mais atrativa e que têm mais seleções de quilate - ainda que muitas devendo bola, o Blog faz uma seleção: Pickford, Kimmich, Le Normand, Guéhi e Theo Hernández; Rodri, Kross (este fará falta ao futebol) e Bellingham; Nico, Yamal e Kane. Técnico: La Fuente.

Observação: Dani Olmo ou dos meio-campistas da Holanda, Schouten e Reijnders, também, poderiam estar nesta lista.

Talvez, esse pilar e sustentação seja o que está em falta ao Brasil, atualmente, comandado por Dorival Jr... 



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