É tempo de Botafogo...

                                   Foto: Vitor Silva/Botafogo

Os títulos da Libertadores e do Brasileiro Betano (aliás, bonita a homenagem ao Rafael, via entrega da taça) mostram que o Botafogo volta a ser grande! 

Um clube de Mané Garrincha, Didi, Amarildo. 

De Zagallo, que ganhou taças, como treinador da própria estrela solitária.

Incluindo, a Taça Brasil, que o Brasileiro, de 68. 

Time conhecido, especialmente, por Jairzinho e Paulo César Caju.

De Nilton Santos, cujo virou nome de seu estádio adquirido, pós Pan de 2007. 

Estádio localizado no bairro do Engenho (daí ser conhecido também como "Engenhão''), que tem uma incomum pista de atletismo. 

E que o gramado passou a ser sintético, em 2023. 

Clube que serviu de base de seleções brasileiras, principalmente, o bimundial, em 58 e 62.

De Tulio Maravilha, Donizete, Gonçalves, Wagner, Gottardo. 

Treinado também pelo excelente Autuori, no polêmico Brasileiro de 95. 

Que havia sido seu último grande caneco.

Até chegar o triste rebaixamento de 2002. 

"Façanha" repetida em 2014 e 2020.

O goleiro Jefferson, que chegou a estar na Copa de 2014 pela seleção e encerrou a carreira, em 2018, foi uma das poucas alegrias alvinegras, nesses tempos. 

Um considerado ídolo raro. 

Clarence Seedorf, "Loco" Abreu e o japonês Kesude Honda, foram gringos badalados a passarem pelo clube. 

Seedorf, inclusive, foi treinado por Jair Ventura, filho de Jairzinho.

Já o argentino, ex-zagueiro raçudo, mas vira e mexe viril, Joel Carli, faz parte da atual comissão técnica.

Gatito Fernández, da seleção paraguaia, atualmente, reserva do ótimo John, é outro considerado ídolo. 

Gatito, por sinal, "fechou" o gol contra o Inter, na penúltima rodada do Brasileiro. 

Só que as "incríveis" dívidas aterrissaram.

Que, segundo entidades ligadas a clubes de futebol, passaram dos mais de R$1 bi... 

Até a chegada do bilionário americano e sua compra de mais de 90% das ações do alvinegro carioca.

Em 2022. 

De seus R$400 mi prometidos inicialmente, pelo menos até o fim de 2025, 6 mi de euros, ou seja, R$33 mi, foram para tirar Patrick de Paula, do Palmeiras.

Que passou a ser maior transação da historia botafoguense. 

Patrick, hoje, está emprestado ao Criciúma...

Mas, nessa leva inicial, desembarcaram em General Severiano, vários jovens ou boa parte deles desconhecidos, como: Lucas Perri, Adyelson, Víctor Cuesta, Marçal, Tchê Tchê, Eduardo, Lucas Fernandes, Jeffinho e Tiquinho Soares. 

Fora, posteriormente, em 2023, o badalado Diego Costa (hoje joga no Grêmio)... 

Ano em que o também badalado Luís castro, já havia substituído Enderson Moreira. 

Cujo havia ganho a Série "B", pelo clube, em 2021...

Com Luís, ainda em 23, o alvinegro deu uma inesperada arrancada e disparada na ponta do Brasileirão. 

Até a sua despedida pro multimilionário árabe Al-Nassr... 

Com o então auxiliar, Cláudio Caçapa, o time ainda obteve 4 vitórias seguidas. 

Até que chegou outro português: Bruno Lage. 

Que não "segurou as estruturas".

Que, depois se ruiu de vez, com o então auxiliar, Lúcio Flávio e, mais ainda, com Tiago Nunes. 

Tiago, ainda virou o ano, classificado pra "Pré" Libertadores, deste ano, de 24.

Porém, logo veio outro auxiliar e da categorias de base: Fábio Matias. 

Cujo, hoje, tenta livrar o Juventude da segundona. 

Todavia, foi uma boa "ponte", pra chegada de outro português: Arthur Jorge.

Com Arthur, Textor injetou R$323 mi. 

Mais do que os R$114 mi, via ano passado.

E uma equipe, diante de várias mudanças...

Para 2024, como bem frisa Cosme Rímoli, entraram outrsa levas: Almada: 22 milhões de dólares (R$ 120,6 milhões), Luiz Henrique: 16 milhões de euros (R$ 85,9 milhões), Matheus Martins: 10 milhões de euros (R$ 61,1 milhões), Gregore: 2,5 milhões de euros (R$ 13,4 milhões), Savarino: 2,7 milhões de dólares (R$ 13,1 milhões), Cuiabano: R$ 8 milhões, Lucas Halter: R$ 7 milhões, John Victor: R$ 1,5 milhão de dólares (R$ 5,8 milhões), Carlos Alberto (comprado, de vez) 1 milhão de euros (R$ 5,3 milhões, Newton (comprado de vez) : R$ 1,2 milhão, Raul Steffens: R$ 40 mil, Damián Suárez: Custo zero, Emerson Urso: Custo zero, Óscar Romero: Custo zero, Pablo: Custo zero, Jeffinho: Custo zero, Allan: Custo zero, Igor Jesus: Custo zero.

Fora, os defensores John, Bastos, Alexander Barboza, Vitinho, Alex Telles.

Que foi a última aquisição, deste ano, por sinal... 

É um time que sabe jogar com "transição" rápida, mas eficaz.

Além de aprender a "cadenciar", no momento certo, como lembram alguns analistas.

E, marcar como "nunca". 

Para quem, praticamente, entrou com 1 jogador a menos, a final da Libertadores foi "quase" perfeita... 

Inclusive, com a elogiada audácia de Arthur, ao manter e posicionar na maior parte do tempo, Savarino, Almada, Luiz e Igor... 

Sem deixar de contra-atacar ou atacar, via hora precisa.

Aliás, em Buenos Aires, o bom, esforçado e artilheiro da Libertadores, Júnior Santos, encerrou da melhor forma os trabalhos, nessa competição.

3×1 contra o Atlético Mineiro, que também é gerido por SAF, a final.

Gregore, expulso na decisão, fez o gol do título Brasileiro, domingo, também encerrando os trabalhos.

2x1 contra o São Paulo. 

Assim, como já tinha anotado, na decisiva vitória, contra o Palmeiras, que acabou na 2° posição, do Brasileiro. 

Palmeiras, assim como o mesmo São Paulo e, posteriormente, o uruguaio Peñarol, já haviam sido desclassificado, pelo próprio alvinegro do RJ, na Libertadores.

Cuja foi a 1° decisão brasileira e latina de duas Sociedades Anônimas do Futebol...

O CEO, de Textor, Thairo Arruda, afirmou que, ao menos, mais da metade da dívida botafoguense já estará paga.

No fim de 2024, agora. 

Seria a 1° SAF brasileira e de clube grande a realmente dar certo? 

"Têm  coisas que só acontecem com o Botafogo", como diria o ditado que "pegou" na instituição, sobretudo, pros mais supersticiosos?  

A SAF é o melhor modelo de gestão pros clubes, sobretudo, no Brasil?

Pode ser. 

Todavia, concordo com Mauro Cezar Pereira, de que "se deveria discutir mais a respeito".

Lembrando, ainda, que pros clubes brasileiros poderem ser comprados e, daí, viraram SAFs, precisou da aprovação do Congresso e do então presidente, Bolsonaro.

Em 2021...

Agora, até quando perdurarão os trabalhos e conquistas alvinegras?  

Não sabemos. 

O futebol, ainda mais brasileiro, também, é muito cíclico... 

No entanto, não há como negar uma fala do bom coadjuvante, Matheus Martins e que a então ressabiada torcida adotou: "é tempo de Botafogo".

Aliás, se hoje não é mais "base" de seleção brasileira, Igor Jesus e Luiz Henrique têm sido chamados por Dorival. 

Igor, inclusive, de titular e, assim como Luiz (este eleito craque da Libertadores do campeonato nacional), chegaram até a fazer gols pelo não convincente Brasil. 

Neste ano. 

Os únicos clubes que haviam conquistado os títulos da principal competição continental e nacional, no mesmo ano, foram o Santos, com Pelé e o Flamengo, em 2019. 

O Flamengo, em 19, ainda levou o Carioca e Santos, de 62 e 63, o Mundial.

Etapa que a estrela solitária pode faturar, agora em dezembro, no Catar.

Mesmo com a Fifa, hoje, chamando de "Copa Intercontinental".

Portanto, sim, "é tempo de Botafogo de Futebol e Regatas (BFR)"...