O certeiro e o bom, que pode ser melhorado...
Esta foi a 1° Copa do Mundo de clubes, neste formato e 32 times. Superando o, também, inédito, torneio de 2000, com o título do Corinthians, no RJ, que sediou junto com SP. Aliás, a Fifa faz questão absoluta, que o nome seja esse. Deixando a denominação "Mundial", pras edições antigas.
Só que a Copa de clubes, parece mesmo que "pegou": ditado e gosto popular. Mais o opinião pública. mundial, inserida nos participantes. Não somente brasileiras e sul-americanas, como eram previsíveis, mas, também, europeias (que era a grande preocupação). Sem desconsiderar a de outros continentes.
Visibilidade, atratividade e, claro, dinheiro - muito dinheiro... São, sem dúvida, combustíveis, pra isso. Pra se ter ideia, a premiação supera a da Libertadores da América e da "mina dos olhos", Champions League da Europa. Como eu não tenho os tais valores de cabeça (embora, eu li) e não quero alongar tanto o texto, daí não ponho aqui. Mas, vale a pena pesquisar e ver o quanto muita delegação, só por estar e possível vitória, recebe, praticamente, a sua folha salarial de meses ou até do ano. Baita grana, pra qualquer clube. Ainda que haja descontos de até 40%, por tributos americanos. Como tem sido noticiado. Fora, os europeus, cujos, por motivos até óbvios, recebem mais do que os demais da Fifa e anunciantes.
Ótimos públicos, festas, inclusive, nas ruas dos EUA: asiáticos, africanos, mexicanos, argentinos. Cujas equipes, decepcionaram. Especialmente, o Boca... Não pela eliminação na 1° fase, porém falta de futebol. Ainda que o atual time esteja longe da excelência... Sobre os brasileiros, se surpreenderam em campo (fora, as previsíveis festas, mesmo), foi até que ponto?
O Botafogo empolgou pela garra e aplicação, via superação sobre o PSG. Só que mesmo defensivismo, somada ao jogo amarrado e fraco, não conseguiu avançar contra o Palmeiras. Mais surpreendente que isso, só a demissão de Renato Paiva e as esquisitices de Textor. O Palmeiras, talvez, poderia ter passado do Cheasea. Contudo, assim como, principalmente, o Flamengo, foi até onde deu.
Agora, o Fluminense foi o que mais surpreendeu positivamente, de todos os 32 participantes: é um bom time, mas sem o investimento de Flamengo e Palmeiras, e sem a SAF do Botafogo. Times que não têm a volúpia financeira dos europeus ou, mesmo, dos árabes, "novos" ricões do planeta.
A se considerar, ainda, que os americanos, não são tão apaixonados por soccer (como eles chamam o fut comum). A Fifa, ainda, teve de reduzir preços dos caríssimos ingressos, em boa parte dos jogos. Fora, sim, o problema de imigração... Mesmo assim, as torcidas dos clubes locais, Seattle e Inter Miami, também, atuaram bonito no espetáculo/estádio. Inter, que a cada passo, parece Messi e Suárez, contar pras suas aposentadorias. Adicionada a Alba e Busquets. outros ex-Barcelona. Todos esses, por sinal, comandados por outro ex-companheiro: Mascherano.
Despedidas que marcaram, Modric (Real Madrid), Müller (Bayern de Munique), Dí Maria (Benfica), Estevão (Palmeiras, Gerson (Flamengo), Igor Jesus e Jair Cunha (ambos, Botafogo). Pesâmes, por sinal, a Diogo Jota e André Silva! Se o carro estava em alta velocidade, não me cabe julgar... Chegadas, Jorginho (Flamengo), Soteldo (Fluminense), João Pedro (Cheasea), Xabi Alonso, Arnold (ambos, Real Madrid), Simone Inzaghi (Al Hilal), Chivu (Inter de Milão), enfim...
Se a vida é encontros e partidas ou decifradas, em prosas e versos, agora é época de "entressafra" ou período (principal) de "janela aberta", no futebol. Na Europa, lembrando,, os elencos tiveram de reduzir ou adiar férias... Por tudo isso, não é a toa, além de estreias e términos de vínculos de jogadores e técnicos, os times pouparem atletas e testarem outros esquemas. Ainda mais, na fase de grupos. Mesmo que avançando com os titulares...
Dentro de campo, gostei da maior parte que vi. Em especial, as goleadas do PSG contra o Real e Atlético de Madrid, e do City diante da Juventus. Fora, o Al Hilal tirar o próprio City, via prorrogação e a vitória do PSG sobre o Bayern. Quanto a final, no MetLife, em New Jersey, cuja o Cheasea dominou e passou pelo próprio Paris Saint-Germain, falarei mais abaixo.
Mas, voltando ao extra campo, achei legal a iniciativa da Fifa de os atletas entrarem "um a um". Como, especialmente, o time mandante, na NBA. Só que se os jogadores e quem está vendo, não gosta, é preciso rever. Igual o regulamento da fase de grupos: intessante se pensar no confronto direto como critério de desempate, pra colocação dos times. Todavia, a forma inserida, uma bagunça.
Sobre a arbitragem, talvez, melhor que a chamativa câmera no uniforme dos árbitros, seja o impedimento semiautomático. Ainda que, talvez, tenha sido utilizado, em outras ligas recentes. Outra coisa, o horário dos jogos, pode ser ser melhor. Apesar da adaptação ao fuso europeu e da pausa, pra hidratação, quando preciso. Aliás, o protocolo de paralisar por "condições climáticas", é outro que precisa ser melhor auferido. Será que se a partida passar muito tempo parada, não é melhor adiar, pro dia seguinte (como no protocolo das competições da CBF, ainda que isso implique no restante da competição)?
E mais: será um torneio de 4 em 4, 2 em 2 ou mesmo, anual? Se não for anual, nos anos que não contar com a Copa de clubes, será no formato do "antigo Mundial"? O próximo, será onde? A princípio , Espanha, cuja é uma das sedes da Copa de seleções, em 2030. Assim como, os EUA, uma de seleções, do ano que vem. Porém, Infantino, presidente da Fifa, misturando sotaque português e italiano, em entrevista a Globo, se diz "enamorado", com o Brasil. Que como a Espanha, já se coloca "a disposição", pra próxima Copa de Clubes, a princípio, em 2029. A princípio...
Se esta edição do torneio, foi boa, pras próximas, pode (e deve) ser melhor, melhorada. Inclusive, sem exigências da própria Fifa, que se não são, no mínimo, beiram a censura. Como publicou, em uma matéria, o jornalista, Lúcio de Castro. Que, também, vale a pena pesquisar.
Sobre o caneco do Cheasea, foi inesperado e (quase) perfeito. Na verdade, os prognósticos, momento e qualidade do PSG levavam a creer que seria dos franceses. Apesar do crescimento dos ingleses, durante o campeonato. O time do Enzo Maresca precisava e fez o jogo certeiro!
Aí, saliento a entrada de João Pedro. Mas, Palmer, pode estar no "time do torneiro", perfeitamente e um dos craques (eleito pela Fifa, inclusive, como o craque da competição, depois da final) Na equipe, poria: Donnarumma (embora, friso Fábio, prestes a virar o jogador que mais atuou, na história do futebol mundial, o trabalho de Renato Gaúcho e a dupla de frente Arias e Cano), Hakimi, Marquinhos, Thiago Silva e Cucurella (mesmo que seja chato pra burro jogar contra); o meio-campo todo do Paris, exceto o ótimo João Neves (que ainda fui expulso, neste domingo), por Palmer e na frente, também todo o ataque parisiense. Mesmo com o brilho de João Pedro, na reta final.
Sera que apesar do vice de hoje, além de Donnarruma e Dembélé, Marquinhos, Hakimi e Vitinha, nao estao entre os melhores (ou ja nao sao) de suas posições, no mundo? Fora, Luis Enrique, apesar do comportamento, agora há pouco, perca e superado por Maresca e sua equipe, na decisão.
Coisas do futebol e da vida. No dia em 81.118 pessoas levaram o recorde de público, desta edição da Copa de clubes. Que o vencedor da Conference League e 4° colocado da Premier League, Cheasea, foi campeão do mundo pela 2° vez. De forma certeira. Num bom torneio, que ainda pode evoluir, futuramente...
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