Os bons nunca deveriam se partir...
Foto: ESPN
Há 8 anos, fundei este Blog. Desde então, este seria o 1° mês, em que não faria um único post. Passaria em branco.
Seria.
O falecimento do jornalista Paulo Soares, o ''amigão'', da ESPN Brasil, me tocou, ontem.
O país e mundo pesado e polarizado afeta o jornalismo e esportivo. Cujo tenta se angariar com entretenimento e até fofoca ''barata''.
Um tema que, inclusive, deveria vir mais à mesa e ser melhor elucidado. Por que as grandes empresas se guerreiam por cliques e audiência. Não só de públicos e massas, mas, também, de patrocínios de variadas espécies.
Daí, os ''influencers'', que são influentes, mesmo. Com acessos, informações e até ''pitacos'' nos locais, em que surgem. Não, apenas, nas grandes indústrias e empresas, como no caso do futebol, via segmento dos clubes. Claro, nos grandes com mais pessoas ou participação.
Normal ou pra aonde estamos chegando? Até que ponto?
Existe vidas boas na net, como a explosão da Cazé TV e Esporte Interativo. Este representado canal TNT e Sports, da conglomerado americana, Warner Bros. Todavia, a saída e do exposição do Renato Gaúcho, no Fluminense, semana passada, dá o tom da questão.
Os ''pequenos produtores'', por sua vez, sofrem. Além da briga para baixar informações de responsabilidade e confiável, não conseguem obter muitas visualizações ou likes.
Qual o nível atual do jornalismo? Mais intrisecamente, como está a decência do jornalismo esportivo?
Mauro Cezar Pereira, um dos expoentes, cujos ainda restam, disse que Paulo Soares era tímido fora do ar. No entanto, quando Antero Greco (outro ótimo, que nos deixou, há pouco tempo...) o provocava, ambos ''caiam nas risadas''. Cujas pareciam intermináveis, nos fins de noites, nos ''SportsCenters''. Aliás, Antero o chamava de ''amigão'', pela sintonia espontânea, que ambos tinham, mesmo.
A ESPN foi consolidada no Brasil, às vésperas das Olimpíadas de 96. Que, curiosamente, foi no país de sua criação, EUA. Paulo e Antero, dupla apaixonada pelo vibrante rádio, brilhou nas redações de veículos importantes e na televisão. Seja narrando, apresentando, comentando. Tudo com muito capricho. Além, óbvio, de formidáveis anos e anos. Na verdade, mais de 2 décadas, considerando a instalação do ''SportsCenter'' brasileiro, em época de outras Olimpíadas, a de 2000.
No dia em Antero se foi, em 2024, também partiu Apolinho e Silvio Luiz. Os dois excelentes. Luciano do Valle já tinha partido. Este ano, Léo Batista, foi mais deles...
Mais do que a saudade, o problema é que tem uma ''galerinha" de gente ou ''influencers'' cuja acha que ''sabe tudo''. Seja de futebol, esportes ou quaisquer outros assuntos e temas. E o pior, é que ainda não tem a (mínima) sutileza ou generosidade destacada de Paulo, até fora do ar ou das emissoras.
Vêem (quando vêem e não são de ''melhores momentos''. Aliás, eu, também, não tenho conseguido ver muitos jogos, ultimamente. Só que antes de falar ou de escrever, procuro sempre me informar bem ou corretamente), mas não enxergam. Podem usar as ferramentas, ter acesso a bastidores da ''cobertura'' que for, garantir views e grana que seja. Todavia, não sabem (ou optam por não saber...) construir uma base sólida no que diz ''amar''. Seja pelo clube, esporte ou ambiente e negócio que seja. Nem querem saber...
O entretenimento serve quando bem informado e noticiado. A piada, quando construtiva. Sem isso, mesmo que rentável, a ignorância impera.
Saudades do ''amigão''.
Os bons nunca deveriam se partir...
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